A situação do Aeroporto de Ponta Grossa, recentemente, tem sido palco de debates acalorados e de uma crescente preocupação por parte da comunidade local. Em meio a um cenário de fusão da empresa aérea Azul e Gol, que passa por auditorias e procedimentos para garantir sua segurança econômica e financeira, o aeroporto se vê em uma encruzilhada, com cortes e incertezas sobre seu futuro.

A fusão da Azul, por si só, já seria motivo de apreensão, uma vez que empresas em processo de reestruturação financeira costumam priorizar seus investimentos e otimizar seus recursos, o que pode levar à redução de voos e à desativação de rotas menos lucrativas. No entanto, a situação do aeroporto de Ponta Grossa se agrava devido a outros fatores, como a falta de apoio político e a divisão interna da sociedade local.

A ausência de uma liderança política coesa e atuante, capaz de defender os interesses da cidade e de buscar soluções para os problemas do aeroporto, é um fator que contribui para a incerteza e para a falta de perspectivas. A aparente falta de diálogo e de habilidade da atual prefeita em construir pontes com outros agentes políticos tem gerado conflitos e distanciamentos que prejudicam o desenvolvimento da cidade como um todo.

A divisão interna da sociedade local também é um obstáculo a ser superado. As eleições municipais expuseram diferentes visões e interesses, e é fundamental que a classe política e a sociedade civil se unam em prol de um objetivo comum, que é o de garantir o futuro do aeroporto e o desenvolvimento da região.

Diante desse cenário, o futuro do Aeroporto de Ponta Grossa permanece incerto. A comunidade local anseia por respostas e por ações concretas que garantam a continuidade das operações do aeroporto e sua relevância para a economia e para o turismo da região.

Por João Barbiero.