Nesta segunda e terça-feira (22 e 23), em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, a Polícia Civil do Paraná realizou ações educativas e de promoção da cidadania junto a alunos de duas escolas públicas da rede municipal de ensino. Participaram das ações as escolas General Aldo Bonde, no Jardim Lagoa Dourada, e Professora Glacy Camargo Secco, no Jardim Costa Rica.
Foram oferecidos os serviços de polícia judiciária, como parte do projeto PCPR na comunidade e, ao mesmo tempo, integrando o ‘Mês de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes’ – realizado pela SME. Policiais civis ministraram palestras para os alunos e professores das escolas sobre o tema e também confeccionaram as primeiras carteiras de identidade de aproximadamente 90 estudantes das escolas, apresentando as marcas digitais, únicas para cada pessoa.
A delegada-chefe do Núcleo de Proteção às Crianças e Adolescentes Vítimas de Crime (NUCRIA), Ana Paula Cunha Carvalho, conta que os policiais civis apresentaram o ‘Semáforo do toque’, que ajuda as crianças a identificar se podem estar sendo vítimas de abuso. “Visamos conscientizar as crianças sobre as partes do corpo, pois estamos falando de violência sexual. Porque, como isso normalmente ocorre dentro de casa, é muito difícil para a criança identificar a violência. E, quando ela identifica, é difícil tentar pedir ajuda porque, na maior parte das vezes, a violência é perpetrada por uma pessoa da família ou muito próxima dela. Então nesse tipo de ação, em uma conversa mais lúdica, você faz com que a criança comece a prestar atenção em alguns toques que ela possa estar recebendo de pessoas”, explica a delegada.
Na atividade, cada parte do corpo é representada por pontos da cor do semáforo. Nos pontos verdes, o toque é aceitável, como no pé, mão, cabeça e cabelo. No amarelo, os toques na barriga e coxa oferecem sinais de alerta e, no vermelho, onde estão as partes íntimas, ninguém pode mexer.
Conforme a delegada Ana Paula, o assunto é necessário, pois todas as crianças e adolescentes podem ser vítimas. Ela também destaca o papel da escola na identificação de abusos. “Quando a criança não pode pedir ajuda dentro de casa, ela precisa de alguém em quem confiar. E o lugar que ela passa a maior parte do tempo é dentro da escola, onde as professoras estão capacitadas para receber essa declaração espontânea da criança. Depois da formalização direta na delegacia, o maior número de denúncias vem da escola”, afirma a delegada.
PCPR na comunidade
A coordenadora do PCPR na Comunidade, Veronica Rambo, explica que uma das linhas de trabalho do projeto está relacionada à educação e conscientização da população sobre diversos assuntos, entre eles a respeito de denúncias e o registro de ocorrências. “O PCPR na Comunidade leva palestras, que são ministradas através de seus servidores, e passa para população informações de suma importância, que vão ajudar a longo prazo na formação de uma segurança pública mais efetiva no estado”, explica.
da assessoria