O Grupo Universitário de Pesquisas Espeleológicas (Gupe), que conta com professores da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), lançou neste domingo (19) o terceiro episódio do documentário ‘Projeto EspeleoPiraí: em defesa do patrimônio natural de Piraí da Serra/PR’. A produção apresenta cavidades com pinturas rupestres, figuras do Abrigo da Metamorfose e imagens exclusivas da descoberta das pinturas de Araucárias, cujo artigo foi divulgado em fevereiro deste ano.
O material evidencia o expressivo patrimônio cultural da Escarpa Devoniana, conforme destaca o professor Henrique Pontes. Para ele e o Gupe, ver a proporção que o projeto tomou é um sentimento de dever cumprido. “Não apenas por parte dos resultados das diferentes pesquisas desenvolvidas ao longo dos últimos 20 meses, mas também por poder dar um retorno à sociedade e mostrar o quão rica é a nossa região, em seus aspectos naturais e histórico-culturais”, destaca.
As pinturas rupestres de araucárias são as primeiras que se tem registro, produzidas por povos originários que habitaram a região no passado pré-histórico, conhecidos como povos Macro-Jê. “Eu avalio o lançamento do terceiro episódio como uma importante ferramenta de educação patrimonial, pois possibilita mostrar para a sociedade os trabalhos que foram desenvolvidos pelo Gupe e as importantes descobertas, como o Abrigo das Araucárias”, conta.
O documentário é apenas um dos materiais do conhecimento patrimonial e geocientífico produzidos pelo Gupe. “Estamos desenvolvendo palestras com órgãos públicos e iniciaremos ações junto à comunidade, além de oficinas com professores”, informa Henrique. O Grupo planeja, ainda neste semestre, publicar uma cartilha infantil para distribuição nas escolas e um livro sobre as cavernas e os sítios arqueológicos de Piraí da Serra. No segundo semestre, será publicado o último episódio do documentário, com foco nos trabalhos de educação patrimonial e na conservação. “Nosso foco nesta reta final é socializar o conhecimento produzido com o projeto EspeleoPiraí e precisamos proteger este patrimônio natural e cultural, pois sem o conhecimento da população sobre este patrimônio não há formas de conseguirmos realmente protegê-lo”, finaliza.
Os outros dois episódios podem ser conferidos no canal do YouTube do Gupe.
da UEPG