Sábado, 21 de Setembro de 2024

Movimento pede retorno facultativo das aulas presenciais em PG

2020-10-27 às 16:58
Foto: Getty Images

Com as aulas presenciais suspensas desde março deste ano por conta da pandemia de coronavírus, um grupo com mais de 200 pais, professores e coordenadores pedagógicos se uniu para pedir o retorno facultativo das aulas presenciais em Ponta Grossa.

Lorena Damo Comel é mãe de duas crianças que estudam na rede particular e é uma das integrantes do movimento. Ela afirma que o objetivo do grupo é de que as aulas voltem para aqueles que se sentem seguros em levar os filhos para a escola. “O nosso objetivo é de que a nossa opinião seja ouvida, nos sentimos muito pouco representados nesse momento. O que a gente quer é o retorno facultativo, que volte aqueles que precisam e aqueles que não precisam ou que se sentem inseguros que possam permanecer em casa”, explica.

Segundo Lorena, as crianças não representam um perigo para os professores e funcionários das escolas. “As crianças não são vetores da doença, elas são mais resistentes e não transmitem o vírus como um adulto, já existe a comprovação. Elas não são um grupo de risco para os professores, a gente também acha que os professores têm que ter essa opção do retorno”, afirma. Ela ainda complementa. “A caixa do mercado está trabalhando, o frentista do posto, o lojista, o balconista, o médico, os enfermeiros, cobradores, advogados, a única classe que não está trabalhando presencialmente é a dos professores. A gente acredita que no ponto que estamos hoje, o retorno é seguro”, conclui.

Além disso, ela defende que o retorno gradual neste momento é ideal para que as crianças se acostumem com a nova realidade. “Na nossa cabeça essa transição deve acontecer agora, porque em janeiro e fevereiro, o Brasil não funciona. A gente deixar essa discussão com as autoridades para acontecer em fevereiro, é muito tarde. As escolas também precisam de tempo para adaptar o espaço físico, as crianças precisam se adaptar à nova realidade. Essa é a transição que a gente acredita ser saudável tanto do ponto de vista das escolas, quanto do ponto de vista psicológico das crianças. Mas se não quer, não leva. Cada um tem uma realidade”, finaliza.