Domingo, 15 de Dezembro de 2024

Pai denuncia racismo em escola de PG; professora teria pedido para aluno “não ligar”

2022-08-09 às 15:41

Um episódio de racismo na Escola Municipal Egdar Zanoni, em Ponta Grossa, nesta segunda-feira (08), revoltou a família da vítima, que tem apenas 9 anos e está na quarta série. De acordo com o pai da criança, José Ricardo Widelski, o ataque aconteceu no banheiro da instituição, com o menino sendo chamado de “preto”, “macaco” e “cabelo de bombril” por outros estudantes. O caso foi reportado pelo estudante à uma professora, que teria dito para ele “não ligar”.

“Não é de hoje o que está acontecendo com ele. Sobre os dentes dele tiram sarro, fazem bullying. A gente tenta relevar, mas ontem infelizmente ele ficou bem mal e hoje não quis ir para a escola. Pra falar a verdade eu não curto muito esse negócio de vitimismo, mas a partir do momento que meu filho perde a vontade de ir para a escola por sofrer esse tipo de ataque a gente acaba tendo que tomar uma providência”, conta Widelski. Ele conta que o episódio recente marcou o filho: “Ontem ele me abraçou forte, levei ele para a cama no colo e tentei brincar com ele, mas vi que dessa vez foi forte pra o jeito que foi tratado”.

Widelski ainda defende que é necessário uma orientação mais eficiente sobre racismo. “É uma criança bem mais velha que fez isso pelo que ele contou, mas isso não pode acontecer de maneira nenhuma”. Ainda segundo o pai, foi realizado contato com a escola através de mensagem para pedir providências, mas até o momento sem resposta.

A reportagem do D’Ponta News enviou um e-mail à direção da Escola Municipal Egdar Zanoni com questionamentos sobre o caso. Até o momento não houve retorno.

*Atualização: José Ricardo Widelski informou, nesta quarta-feira (10), que a Secretaria de Educação entrou em contato com a família. O órgão afirmou que tentará identificar os responsáveis pela agressão e tomará providências para evitar casos semelhantes.