Os pesquisadores do Departamento Acadêmico de Elétrica (DAELE) do Campus Cornélio Procópio, Alessandro do Nascimento Vargas e Marcos Banheti Rabello Vallim, juntamente com os pesquisadores do Departamento de Psicologia da Vanderbilt University, Alexander Maier, do Departamento de Ciência da Computação da Georgia State University, Juan Banda, e do Departamento de Engenharia Elétrica e Sistemas da University of Pennsylvania, Victor Preciado, analisaram as atividades de usuários nas redes sociais e as suas percepções com relação à Covid-19.
Segundo levantamento realizado por eles durante o período de pandemia, recentemente, o número de palavras negativas que os usuários do Twitter postaram vem diminuindo, o que demonstra uma queda na percepção negativa das pessoas perante ao novo coronavírus.
Para eles, a conclusão de que a percepção negativa está caindo veio de uma análise no conteúdo do Twitter chatter dataset (conjunto de dados de bate-papo do Twitter) da Covid-19. Este banco de dados abrange mais de 1 bilhão de postagens geradas durante a pandemia.
“Em particular, mostramos que a percepção negativa diminuiu intensamente quando a campanha de vacinação começou nos EUA, Canadá e Reino Unido e tem diminuído continuamente desde então. Isso, nos levou a concluir que a vacinação desempenha um papel fundamental na queda da negatividade das pessoas, promovendo assim o seu bem-estar psicológico”, completa o pesquisador Alessandro Vargas.
Pesquisadores já acompanham a evolução das postagens desde o início da pandemia. Eles iniciaram os estudos analisando o Twitter para classificar os tópicos e hashtags mais discutidos bem como para avaliar se os usuários do Twitter apoiavam distanciamento social (no início da pandemia). Também identificaram, em 2020, o sentimento negativo que surgiu com a doença e que ele aumentou muito durante os meses de janeiro e março de 2020.
O grupo de pesquisadores publicou o artigo Negative Perception of the COVID-19 Pandemic Is Dropping: Evidence From Twitter Posts” na revista Frontiers in Psychology (Qualis A1/ Fator de Impacto 2.990; Fator de Citação 3,5), o qual divulgaram o resultado destas pesquisas. Foram analisados mais de 150 milhões de tweets que continham palavras relacionadas à pandemia, de 1º de março de 2020 a 2 de junho de 2021.
Entre os métodos utilizados para verificar o Índice de Frequência Correspondente, os pesquisadores construíram uma lista de palavras que evidenciavam sentimentos negativos classificados como fortes e muito fortes. Os índices de frequência negativa correspondentes, que é igual ao índice de palavras negativas, foram calculados a partir da divisão entre a quantidade de palavras negativas e o número de postagens efetuadas pelos usuários diariamente. Os números mostraram que a frequência de publicações negativas diminuiu sensivelmente à medida que os países intensificaram os esquemas vacinais de suas populações e ampliaram a cobertura de proteção das pessoas contra a doença.
O artigo dos pesquisadores vem se destacando e já alcançou mais de três mil visualizações. O conteúdo pode ser acessado no site da revista.
Informações UTFPR