O jornalista e historiador de Ponta Grossa, Helton Costa, é autor de sete livros sobre a atuação dos brasileiros na Segunda Guerra Mundial. Em entrevista ao programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero, na Rádio Lagoa Dourada FM (105,9 para Ponta Grossa e região e 90,9 para Telêmaco Borba), nesta sexta-feira (17), Costa deu detalhes sobre o trabalho de pesquisa que realiza de forma independente.
Segundo o pesquisador, há o levantamento de 1.548 paranaenses que foram para a Segunda Guerra, sendo que destes, 58 tinham residência em Ponta Grossa. “Dois deles foram feridos em combate, um deles precisou ser trazido para o Brasil para completar o tratamento: Henrique Kaiser, que foi no 4º contingente da FEB, chegou lá e foi posto como substituto no 1º Regimento de Infantaria, foi ferido em Monte Castelo. O outro é Orlando Machado, foi ferido em Montese, batalha mais sangrenta da FEB, 16 de abril de 1945”, diz.
Costa afirma que outros combatentes da região também se destacaram no front, como é o caso de Alfredo Bertoldo Klas, natural de Palmeira (PR), que foi combatente da Força Expedicionária Brasileira (FEB) e professor da UEPG. Ele lecionou na Faculdade Estadual de Farmácia e Bioquímica, uma das instituições precursoras da UEPG, no curso de História da UEPG, e foi diretor do Museu Campos Gerais. Klas faleceu em 12 de maio de 2013, aos 97 anos.
Confira fotos de itens colecionados pelo pesquisador no final da matéria.
Livros publicados
Entre os livros publicados por Helton Costa estão os títulos: ‘Crônicas de Sangue: Jornalista Brasileiros na II Guerra Mundial’; ‘Dias de quartel e guerra: Diário do Pracinha Mário Novelli’; ‘Camarada pracinha, amigo Partigiani – Anotações brasileiras sobre a Resistência Italiana na Segunda Guerra Mundial’ e ‘Soldado 4600: vida e luta do Pracinha Manoel Castro Siqueira’.
“O Crônicas de Sangue fala sobre os jornalistas que foram cobrir a Segunda Guerra Mundial, quando eles foram era uma ditadura na época do Vargas e tiveram uma certa dificuldade, uma censura muito grande, mas fizeram um bom trabalho e relataram aí história dos pracinhas que nós conhecemos hoje”, explica.
A obra ‘Camarada pracinha’ fala sobre o relacionamento dos brasileiros com os homens da resistência italiana. “Era um relacionamento muito bom, só brigavam geralmente quando os assuntos envolviam administração civil ou mulheres, fora isso sempre foi um relacionamento muito cordial”, conta.
Para saber mais sobre os livros publicados por Helton, acesse: clubedosautores.com.br
Confira a entrevista completa: