Sexta-feira, 04 de Outubro de 2024

Professora de PG, Milene Zanoni fala sobre convite da OMS para integrar comissão de terapia comunitária

2022-06-28 às 16:14
Professora Milene Zanoni. (Foto: Eduardo Vaz)

A professora Milene Zanoni, da Universidade Estadual de Ponta Grossa, que foi convidada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para integrar uma comissão de terapia comunitária participou do programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero e Eduardo Vaz, na Rádio Lagoa Dourada FM (105.9 para Ponta Grossa e Campos Gerais e 90.9 em Telêmaco Borba), nesta terça-feira (28).

Milene Zanoni explica que a OMS é o órgão máximo que rege a Saúde pública no mundo, que delibera em relação às recomendações e lança diretrizes mundiais. “É o sonho de todo profissional da saúde trabalhar na OMS”, afirma a professora que integra o Departamento de Enfermagem e Saúde Pública da Universidade, é chefe do Ambulatório de Saúde Integrativa (ASI) da UEPG e presidente da Associação Brasileira de Terapia Comunitária Integrativa.

Zanoni explica que a terapia comunitária é uma abordagem em grupos que está inserida no SUS, e é uma das práticas que mais vem crescendo dentro do sistema de saúde, tanto do Brasil como da América Latina. “A terapia comunitária faz o acolhimento do sofrimento que as pessoas vivem. Mas a grande parte dessas pessoas que acabam saindo com um ‘rótulo’ de doente, na verdade não estão doentes, estão em sofrimento e o sofrimento faz parte da vida”, explica.

A professora relata que o convite veio após uma vasta experiência com rodas de terapia comunitária realizadas durante a pandemia. “Desde março de 2020 fazemos várias rodas por dia e já atendemos milhares de pessoas. Hoje temos rodas em português, inglês, francês, italiano e espanhol. A gente já atingiu mais de 20 países, tem se mostrado uma das experiências mais consistentes de acolhimento”, explica.

Ela ainda revela qual o próximo passo. “A ideia é produzirmos um material muito rico, que explique como a terapia comunitária foi criada, como foi implementada e como ela barateia e é efetiva para o sistema de saúde. E também é sensibilizar os países onde a terapia ainda não chegou, fortalecer onde ela já chegou, para que exista interesse de financiamento e de organização e implementação desta ferramenta, para que as pessoas possam viver mais, mais felizes, consigam lidar com o seu sofrimento e suas emoções”, completa.

Em Ponta Grossa, a terapia comunitária é realizada pelo Ambulatório de Saúde Integrativa (ASI) da UEPG. Para saber sobre as datas e horários de atendimento, basta acessar o Instagram: @asi_uepg

Confira a entrevista completa: