O professor de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa, Sérgio Luiz Gadini, comentou sobre a suspenção da greve dos professores da UEPG, em entrevista ao programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero, na Rádio Lagoa Dourada FM (105,9 para Ponta Grossa e região e 90,9 para Telêmaco Borba), nesta quinta-feira (15).
Os professores da UEPG, em Assembleia Geral Extraordinária, deliberaram a suspensão da greve pelo prazo determinado de 30 dias. Com a decisão, as aulas voltaram nesta segunda-feira (12). Contudo, a categoria permanece mobilizada pelo prazo de 30 dias para avaliar como decorrem as negociações durante o período.
“Nós, professores das sete universidades estaduais do Paraná, estamos sem reposição salarial desde 2016. Isso acumulou uma defasagem de 42%, e esse foi o motivo legal [jurídico] e justificável da greve”, afirma Gadini. “O Governo [Estadual] simplesmente descumpre a constituição nesse momento”, complementa.
Na UEPG, a greve começou no dia 15 de maio e durou três semanas e meia. “O que conseguimos de concreto é que, nesse momento, o Governo [Estadual] reconhece as perdas salariais, através de uma proposta reapresentada pelos reitores das universidades, e se dispõe a rever essas perdas”, ressalta. “Essa proposta, que já está tramitando na Casa Civil do Estado, prevê uma atualização do plano de carreira e a expectativa é de que pelo menos parte da defasagem salarial, que os professores enfrentam e vivenciam hoje, a gente consiga reduzir”, destaca.
A suspensão da greve por 30 dias é referente à expectativa dos professores de que seja realizada essa atualização do plano de carreira, segundo o professor. “Se não houver uma celeridade e encaminhamento desta proposta de atualização do plano de carreira, nós vamos rediscutir a greve nas universidades”, aponta.
Confira a entrevista completa: