A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) é a coordenadora, no município, do Programa Redes Comunitárias de Educação e Pesquisa (RedeComep). Ele prevê a implantação de redes de alta velocidade nas regiões metropolitanas e no interior dos estados, integrando as principais instituições de ensino e pesquisa do País.
A estrutura é centralizada e coordenada pela UEPG por meio do Núcleo de Tecnologia e Informação (NTI). O projeto prevê a implantação de redes de alta velocidade na região, conectando a universidade, o Hospital Universitário da UEPG, a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e a prefeitura de Ponta Grossa a cerca de 800 instituições de ensino superior e centros de pesquisa.
Ao todo, a RedeComep de Ponta Grossa contará com 12 sites espalhados pela cidade, 48 quilômetros de comprimento de rede e 20 Gbps (10+10) de capacidade de banda para cada ponto conectado. A ideia é aprimorar o uso racional e o compartilhamento de dados.
A função de coordenação foi assumida pela UEPG após o lançamento local da RedeComep, junto à Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), que é uma plataforma digital para pesquisa, educação e inovação no País.
Ponta Grossa foi a primeira inauguração da RedeComep neste ano. Para o diretor do NTI, Luiz Gustavo Barros, a RedeComep é um ativo importante e um patrimônio de alto valor, sendo o resultado da aplicação de recursos públicos para o desenvolvimento nacional de ciência, tecnologia e inovação.
“Sei que irá auxiliar em aplicações inovadoras. Esse projeto abre espaço para colaboração em diversas áreas”, disse. Ele citou um exemplo do trabalho realizado durante a transferência de gestão do Hospital Universitário Materno-Infantil, ainda em 2020.
“Sabemos que toda unidade hospitalar é muito complexa e nós tínhamos pouco tempo para fazer toda a transferência de dados, equipamentos e insumos. A Rede possibilitou fazer esse trabalho em tempo recorde”, contou.
O reitor da UEPG, Miguel Sanches Neto, disse que havia o desafio de fazer o planejamento estratégico da universidade. “Fizemos investimentos, com a parceria do Governo do Estado, em inúmeras frentes da instituição. Sem dúvida, a RedeComep é a joia da coroa dessa modernização”, afirmou.
Sanches Neto lembrou que Ponta Grossa vive um momento de desenvolvimento de inovação. “A Rede com certeza já faz a diferença. Poderemos cooperar ainda mais para o desenvolvimento da ciência e inovação”, arrematou.
INTEGRAÇÃO – Para o superintendente da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, Aldo Nelson Bona, a inauguração da RedeComep em Ponta Grossa supre a necessidade de integração entre as universidades. “Enquanto estive como reitor, pude ter várias interações com a RNP, que firmou o compromisso de que iríamos avançar na integração das instituições. Hoje vejo que aquilo que foi acordado no passado está acontecendo”, ressaltou.
Ponta Grossa é um ponto estratégico para produção de conhecimento na região, segundo Nelson Simões, diretor geral da RNP. “Sempre foi uma questão no nosso País a qualidade do acesso, para que pudéssemos integrar a esse mundo de fluxos globais”, disse.