A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) desenvolve um projeto de extensão para capacitar órgãos públicos na prevenção de desastres no município. Intitulada “Conhecendo o tempo e clima na estação meteorológica: como prevenir desastres e promover a resiliência das comunidades”, a iniciativa busca qualificar agentes públicos a interpretar dados meteorológicos, para atender comunidades urbanas, rurais ou em situação de vulnerabilidade social.
A capacitação prepara o profissional para casos de tempestades, por exemplo, como explica a coordenadora do projeto, professora Karin Linete Hornes. “Quando os alertas [de tempestades] são gerados por esses agentes, eles conseguem acompanhar em tempo real as condições meteorológicas, utilizando sites e aplicativos de alta tecnologia para monitoramento”, pontua. Parte do efetivo do Corpo de Bombeiros da região já passou pelo treinamento.
Como parte das atividades do projeto, estudantes e professores também trabalham diretamente com as populações. “Há atividades voltadas para orientações e prevenção de desastres nas comunidades. Buscamos sensibilizar as pessoas frente aos sinistros que mais atingem a cidade”, completa a pesquisadora, alertando que em Ponta Grossa as ocorrências mais comuns são vendavais.
Integram a equipe do projeto três professores, três alunos de graduação e cinco de pós-graduação bolsistas. São parceiros do projeto, a Caritas da Igreja Católica e a Itaipu Binacional, via “Projetos para o Programa de Extensão para sustentabilidade territorial”.
Os ventos do Sul
A região Sul do Brasil é a mais propensa a tornados. Os dados são de um grupo de pesquisa da UEPG, que analisou registros desses fenômenos em todo o país, de 1975 a 2018. O Paraná teve 89 tornados no período, com a maioria ocorrendo à tarde. Foram 43 anos de eventos analisados no Brasil. Dos 581 fenômenos identificados, 411 ocorreram nos estados sulistas, o que representa 70% dos casos no país.
Depois do Sul, a maior concentração de tornados é observada na região Sudeste (108), seguida pelo Centro-Oeste (31), Norte (17) e Nordeste (14). Dentre as 581 atividades contabilizadas, a categoria mais identificada, com 115 ocorrências, foi a de escala EF1, que se caracteriza por ventos entre 117 e 180 km/h.
Confira abaixo algumas fotos de qualificações já realizadas em Ponta Grossa.
da assessoria