A manhã desta terça-feira (28) foi palco da inauguração do Museu de Ciências Naturais da Universidade Estadual de Ponta Grossa (MCN-UEPG), no Centro de Convivência do Campus Uvaranas. O espaço integra o complexo de museus da instituição e se estabelece como local de divulgação científico-educativo-cultural das mais de 2 mil peças de geodiversidade e biodiversidade.
A solenidade de inauguração oficial do MCN reuniu pró-reitores, professores, alunos e gestores dos colégios da UEPG, que tiveram a oportunidade de conhecer peças do acervo dos projetos de extensão ‘Geodiversidade na Educação’ e ‘Zoologia em Foco’, pertencentes dos Setores de Ciências Biológicas e da Saúde (Sebisa) e Setor de Ciências Exatas e Naturais (Sexatas).
A exposição de geodiversidade também tem boa parte da coleção pessoal do professor Antonio Liccardo, diretor e idealizador do Museu. O sonho de criar um espaço que reunisse peças de geo e biodiversidade nasceu no coração de Liccardo. “Estamos trabalhando no Museu há pouco mais de três anos e devo dizer que a escolha de ser nesse lugar [Centro de Convivência] é muito boa. O MCG nasceu nas prerrogativas do Estatuto do Museu, sendo um instrumento de desenvolvimento sustentável, divulgação científica, educacional. ambiental e cultural”, ressalta.
O MCN é um espaço aberto para desenvolvimento de pesquisas de professores, graduandos e pós-graduandos, além de visistas dos alunos da educação básica. Depois de agradecer as pessoas responsáveis pelo nascimento do MCN, Liccardo destaca que o Museu congrega coleções que a UEPG já tinha, mas que estavam dispersas em departamentos. “Esse espaço é um terreno fértil para o desenvolvimento de pesquisas, temos muito a mostrar nossa capacidade para a sociedade. Não há dúvidas que vamos oferecer para a comunidade terreno para o desenvolvimento científico”, conta.
São 75 vitrines, distribuídas em 800 m2 do Centro de Convivência, espaço que antes era um depósito de inservíveis. “Esse Museu é o começo de um grande sonho que temos para a Universidade, no sentido de fornecer mais conhecimento científico e fortalecer escolas da região”, destaca o reitor da UEPG, professor Miguel Sanches Neto. O MCN é disruptivo no ponto de vista das divisões dos departamentos, já que pertence a dois setores e é transdisciplinar, conforme explica o reitor.
“A Universidade cumpre seu papel de divulgar e formar pessoas para a ciência. É a Universidade Pública ocupando espaços e papeis que cabem a nós e é dessa exclusividade que vem a nossa relevância e importância”. Para Sanches Neto, o espaço nasceu de um sonho e do trabalho coletivo. “Foi o trabalho das pessoas envolvidas nesse Museu que transformou o que antes era um barracão em um espaço da ciência”.
Para além do saber científico e educacional, o Museu de Ciências Naturais é um espaço de cultura, de acordo com Renê Wagner Ramos, representante da Coordenadoria de Ensino Superior Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti). “O MCN produz cultura e conhecimento humano e um saber científico fantástico. Isso é cultura na sua plenitude da palavra”, salienta. O Museu é patrimônio de toda a população paranaense, de acordo com Rene. “É um Museu belíssimo, riquíssimo, com um acervo fantástico, que será mais enriquecido ainda, com certeza”.
Ensino, pesquisa e extensão
Um espaço para o desenvolvimento da extensão. Édina Schimanski, pró-reitora de Extensão e Assuntos Culturais, comemora a inauguração do Museu. “É um dia muito especial para a Proex, para aquilo que nós temos chamado de complexo de museus, porque aqui transformamos projetos de extensão em um Museu”. Édina salienta que o MCN será destinado à pesquisa e educação. “Também é um espaço bem importante para a extensão e para a curricularização da extensão. Parabéns a todos os envolvidos”.
O diretor do Sexatas, professor Luiz Alexandre Gonçalves Cunha, destaca o trabalho de Antonio Liccardo em reunir peças de projetos extensão para a construção do Museu. “O professor demonstrou uma preocupação com a educação científica, tanto é que chegou lá e se manteve à disposição do nosso Setor. E é com grande satisfação que vemos esse objetivo ser cumprido”, comemora. Para a diretora do Sebisa, Fabiana Postiglioni Mansani, o Setor fez uma contribuição muito importante no acervo das peças. “A conquista desse Museu traz todo trabalho de construir esse acervo, com mais de 50 anos de história. Só temos a agradecer todo o trabalho do professor Liccardo, que foi muito sensibilizador”, agradece Fabiana. “Esse Museu vai proporcionar para Ponta Grossa e toda região um acervo rico, vai formar novos pesquisadores e vai oferecer para eles novas oportunidade na ciência”, finaliza.
da UEPG