Professores e alunos dos departamentos de Física, Química e Matemática da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) realizaram, na última sexta-feira (9), a 2ª edição da ‘Feira de Ciências nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental’. O evento ocorreu na Escola Municipal Otacília Hasselmann de Oliveira, umas das três que recebem a Feira de Ciências neste mês de maio.
Segundo o professor Aloisi Somer, do Departamento de Física da UEPG, o objetivo da feira é desmistificar a ciência e apresentar conceitos científicos de maneira acessível, por meio de experimentos interativos e brincadeiras. “A gente traz essa visão lúdica para explicar conceitos de física, química e matemática de forma divertida”, afirma. Entre os experimentos apresentados, estavam demonstrações de eletricidade, mecânica, óptica e conservação do momento angular. De acordo com o professor, um dos destaques foi o uso de uma roda de bicicleta para explicar equilíbrio e movimento. “Transformar linguagem técnica em algo que uma criança consiga entender é um desafio, mas é importante que elas tenham esse primeiro contato de forma positiva”, complementa.
A proposta é expandir o caráter interdisciplinar do projeto. “No segundo semestre, vamos integrar também o pessoal da Agronomia e apresentar conteúdos de biologia e geologia. Ciência não é uma coisa separada, a gente sempre trabalha de maneira interdisciplinar”, destaca Somer.
Mais do que transmitir conhecimento, a Feira tem o papel de atrair a atenção das crianças e despertar o interesse genuíno pela ciência. “Aqui não é um espaço para explicação teórica, a curiosidade vem da emoção de ver o evento acontecer. Quando a criança sente, fica mais fácil imaginar que ela possa se tornar cientista no futuro”, explica Gerson Kniphoff da Cruz, coordenador do curso de Licenciatura em Física da UEPG.
Para André Serafim de Almeida, estudante do primeiro ano de Licenciatura em Física da UEPG, a experiência também é importante para os alunos da graduação. “É legal ver as crianças se divertindo, descobrindo coisas novas. Toda hora tem alguma pergunta, e a gente tenta explicar. Tem várias formas de ensinar, mas não pode ficar parado senão a criança perde o interesse”, relata. Outro aluno do curso, João Vitor de Rezende destacou a curiosidade das crianças como ponto central da atividade. “Elas são cientistas por natureza, querem entender o mundo. A gente tenta simplificar ao máximo, mas eles conseguem trazer exemplos e relacionar com coisas que já viram em casa. Isso é muito bom”, afirma.
O coordenador do Curso de Licenciatura em Matemática da UEPG, professor Marcos Teixeira Alves, explica que a equipe de matemática planejou atividades com conteúdo adequado para o nível das crianças. “A gente precisa adaptar os jogos e a linguagem para esse público, o que é um aprendizado importante para os futuros professores. A ideia é trabalhar com formas geométricas e operações matemáticas de forma divertida”, conta.
Maria Glaci Silveira Dzazio, diretora da escola onde a atividade foi realizada, destaca o engajamento das crianças durante os experimentos científicos. “Elas se divertem”. A diretora observa que os materiais utilizados são simples, mas eficazes para despertar a curiosidade e facilitar a compreensão dos conteúdos. “É muito importante elas verem acontecendo. Elas conseguem entender as leis da física e da matemática por meio de uma brincadeira”, aponta.
da assessoria
