Nesta quarta-feira (28), o reitor da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), professor Miguel Sanches Neto, recebeu da Deputada Federal Gleisi Hoffmann uma emenda parlamentar no valor de R$ 300 mil. A verba será destinada às atividades do Laboratório de Estudos de Gênero, Diversidade, Infância e Subjetividades (Lagedis).
A professora Georgiane Garabely Heil Vázquez, que coordena o projeto, explica que a emenda parlamentar deve permitir ampliar as ações do Lagedis e fortalecer os projetos e eventos realizados. “Ficamos felizes, em especial, por ser uma parlamentar mulher que teve a sensibilidade de acolher nossa proposta e de destinar essa verba para o Lagedis, para o desenvolvimento destes e de novos projetos que virão”, comemora.
O reitor da UEPG agradeceu a indicação da emenda, via Ministério da Educação. “A deputada demonstrou interesse em apoiar pautas em defesa do fortalecimento da Universidade pública cada vez mais inclusiva”, aponta. Segundo a deputada paranaense, as universidades são prioridade na sua agenda. “Sempre priorizei as universidades na destinação de recursos e seguirei apoiando e defendendo o ensino público e de qualidade para todos”, enfatizou Gleisi.
Lagedis
Desde 2019, o Lagedis atua como programa de extensão com projetos, prestação de serviços à comunidade, eventos e cursos. A professora Georgiane relata que um dos projetos desenvolvidos é o de resgate de memórias da luta docente, em parceria com o Sindicato dos(as) professores(as) e funcionários(as) de escola do Paraná (APP-Sindicato). “Esse projeto visa registrar a participação das mulheres e o empoderamento político dessas mulheres na greve docente de 1988, sempre com enfoque em professoras de diferentes áreas”, explica. “Recolhemos entrevistas e temos como objetivo o lançamento de um livro”.
Outro projeto desenvolvido pelo Lagedis é a criação de um aplicativo de celular de segurança para mulheres vítimas de violência. “Esse aplicativo é em parceria com a Casa da Mulher de PG e visa que mulheres atendidas pela Casa possam se comunicar diretamente com a Patrulha Maria da Penha em caso de emergência, situação de violência, pânico e ameaça”, conta a professora. Um clique no aplicativo seria o suficiente para enviar a informação à Patrulha para evitar tragédias de violência doméstica, sem a necessidade de falar ao telefone e passar todos os dados.
Em escolas, associações de moradores, área rural e outros espaços, o Programa realiza ainda cursos de formação para rompimento do ciclo de violência doméstica. “O objetivo é falar sobre a Lei Maria da Penha, sobre a Patrulha, sobre violência doméstica, tentando refletir junto com mulheres e homens para uma sociedade mais igualitária e sem violência de gênero”, finaliza.
da UEPG