“Me sinto uma pessoa muito honrada e abençoada por passar esse momento muito gostoso da minha vida, uma fase maravilhosa, tendo a oportunidade de representar a cidade de Ponta Grossa, os Campos Gerais e o Paraná numa rede nacional”, destaca o cantor sertanejo Maick, que retorna ao palco do programa “Faustão na Band” na noite desta terça (20). Na atração, que vai ao ar a partir das 21h, ele participa pela quarta vez do quadro “A Hora da Decisão”, que vai revelar o novo ícone do sertanejo do Brasil.

O cantor sertanejo Maick – nome artístico do ponta-grossense Márcio José Feliciano, de 43 anos, falou a respeito da guinada que a participação no quadro deu em sua vida em entrevista ao programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero, na Rádio Lagoa Dourada FM (105,9 para Ponta Grossa e região e 90,9 para Telêmaco Borba), nesta terça (20).

Ele já acumulava 25 anos trabalhando como pedreiro quando viu na internet um anúncio do Faustão convocando para as inscrições de um quadro que busca a nova voz do sertanejo e um amigo também mandou o link para a inscrição. “Outro amigo meu me inscreveu sem eu saber. Também me interessei e acabei me inscrevendo. Mandei um videozinho para ver se seria selecionado e consegui”, relembra.

As seletivas reuniram mais de 5 mil inscritos, do quais foram classificados 150 semifinalistas e, depois, 24 finalistas. Houve seletivas regionais e Maick participou de uma em Curitiba e, depois, foi para São Paulo. Com o desenrolar da atração, restaram apenas 12 participantes no programa.

As primeiras apresentações eram solo e Maick cantou duas músicas. A primeira foi “Tentei te Esquecer”, de Matogrosso & Mathias. A apresentação não valia pontuação. “A segunda música foi a que me consagrou, foi ‘Fogão de Lenha’, de Chitãozinho & Xororó”, conta, sobre a participação no quadro em 16 de agosto.

Segundo o artista, a interpretação de Fogão de Lenha foi o que contribuiu para projetá-lo para todo o Brasil, pois foi quando todos os jurados deram nota 10 para ele e a plateia o aplaudiu de pé. “Não tanto pelas notas, mas pelo que eu passei, pelo que eu pude transmitir através da música. Ali contei um pouco da minha história, porque estou saindo da minha casa para tentar um futuro, através da música, numa outra cidade”, diz.

O cantor menciona que, muitas vezes, em busca de proporcionar algo melhor para a família, a pessoa deixa o conforto de casa para tentar a sorte em outra cidade e pode acabar se frustrando. “Você vê que a maior riqueza que se tem é o que a gente deixou, que é a família, o reduto, a cidade, a casa simples da gente. Mas a gente sempre tenta pensar positivo”, fala.

Sobre os bastidores do Faustão na Band, o cantor revela que o acesso ao apresentador se limita ao palco. Porém, relata que confirmou, por terceiros, que convivem com Faustão, que ele é “uma pessoa maravilhosa. Tem muita gente que fala que ele é ‘carudão’, mas não, é uma pessoa sensacional e muito humana, que dá oportunidade para as pessoas. Esse quadro, por exemplo, é uma prova disso aí”, afirma.

Quanto a quem seria sua maior inspiração no universo sertanejo, Maick é categórico: “Uma coisa que sempre falo, onde eu vou, é que meu ídolo musical, minha inspiração, falo de boca cheia, se chama Hélio Feliciano, que é meu pai, que me incentivou a cantar e tocar desde criança. É meu espelho, toda vida vendo ele cantar ao lado da minha mãe, Mariliz. Um verdadeiro ídolo é meu pai Feliciano, pai de sete filhos e construtor”, ressalta.

Entre os famosos, sempre se identificou com os “sertanejos raiz”: Milionário & José Rico, Chitãozinho & Xororó, Matogrosso & Mathias. Já entre as duplas de maior projeção nas duas últimas décadas, gosta de César Menotti & Fabiano e Edson & Hudson.

O finalista do “A Hora da Decisão” aponta que é necessário estruturar uma equipe que dê suporte jurídico e de agenciamento para a carreira, no caso de vencer a atração, pois o contrato com a Universal Music não basta para estruturar a divulgação do trabalho após o prêmio.

Modesto ao falar de si mesmo, o cantor repete que o talento musical ficou relegado a um segundo plano, enquanto não encontrava uma oportunidade. Ele já se dedicava à música há 20 anos, mas não era esse seu principal ganha pão. “Sempre trabalhando, mantendo a família, como pedreiro e a música sempre em segundo plano, deixava de lado”, conta. De vez em quando, fazia algum show, tocava em algum barzinho, mas sua principal atividade era a construção civil.

Maick relata que dependeu do apoio financeiro de amigos para poder ir até São Paulo se apresentar no programa, porque não tinha recursos. “Me sinto abençoado porque tenho muitos amigos que me querem bem e acreditam no meu talento, no que eu posso fazer, na minha capacidade e o povo tem me ajudado”, reforça.

O artista acredita que a receita do sucesso está em subir cada degrau da carreira com humildade e respeito ao próximo, algo que, na visão dele, vem de berço e não se compra. “Deveria ser uma obrigação de todos os artistas tratar bem as pessoas, ser humilde. O maior talento de um ser humano é a humildade. Isso eu tenho e reconheço, porque as pessoas me falam. Onde eu entro, entro pela porta da frente e, graças a Deus, saio pela mesma porta”, ressalta.

A quem busca o sucesso na carreira musical, Maick recomenda que o essencial é a persistência. “Não desista dos seus sonhos, dos seus objetivos, porque muitas vezes, a gente está na estrada e pega aquela reta e vai longe, mas vai cansando e acha que não vai conseguir chegar à próxima curva, e a pessoa desiste antes de chegar a essa curva, onde o sucesso e o reconhecimento, de repente, já estão ali”, afirma.

Para os jovens, ele instrui a tomar “cuidado com os 10 que a gente recebe por aí, porque, às vezes, o 10 acaba derrubando a gente. Digo isso porque estou num programa onde já tirei 10, mas não vou tirar 10 a toda hora. Estou firme no que fiz lá e muito centrado, mas sei que posso tirar uma nota menor e não vou me frustrar por isso, porque se eu tirar uma nota baixa, aquilo vai me servir de incentivo para buscar os 10 que eu ganhei no programa anterior”, enfatiza.

Maick conta que o programa não é ao vivo e, portanto, ele já sabe previamente dos resultados que vão ao ar. Atualmente, o quadro está numa fase de duplas. “Se você vencer, tem o direito de escolher se quer manter aquela dupla ou não. As outras cinco duplas são obrigadas a trocar, por sorteio”, destaca. Nesse sentido, o cantor observa que é necessário se adaptar às circunstâncias.

O cantor salienta que apenas deixou de lado a construção civil porque, no momento, participa do Faustão na Band enquanto tenta deslanchar a carreira musical. Mas ele se diz preparado para qualquer possibilidade, com os pés no chão. “Tenho minha profissão. Trabalhei na construção civil durante 30 anos”, frisa.

Maick nasceu e cresceu em Ponta Grossa. O pai vem do Norte do Paraná e a mãe, de Imbituva. Ele tem uma filha de 24 anos, de um relacionamento anterior, que já está casada, e um filho de 10 anos.

Show em novembro em PG

Depois da projeção nacional no programa da Band, Maick se prepara para seu primeiro grande show em sua terra natal. No dia 5 de novembro, ele se apresenta no Sassaki Eventos. Ingressos já estão à venda no Ingresso Digital.

Na noite de quarta (21), o cantor promove, às 20h, um podcast ao vivo no seu canal no YouTube, Maick Sertanejo, e também no canal da Sassaki Eventos. E também nas outras redes: Facebook e Instagram. “Lá, vou falar tudo sobre minha carreira, sobre o Faustão, sobre show, ingressos. Vai ter música também, vou cantar umas modas”, anuncia.

“Vou gravar uma música com uma dupla famosa do Brasil, através do programa, da minha apresentação, um produtor me viu cantando e gostou. Já está agendado para gravar neste final de semana. Não vou dizer o nome da dupla, mas o MM tem uma coisa em comum, as iniciais”, comenta, tentando fazer mistério sobre o novo projeto antes de entregar que é com Matogrosso & Mathias.

Confira na íntegra a entrevista com o cantor Maick: