A Assembleia Geral dos Credores do Paraná Clube decidiu, por 135 votos a 12, adiar para o dia 19 de novembro, às 9h, a definição sobre o futuro da SAF do Tricolor. A votação que poderia ter aprovado (ou rejeitado) a venda de 90% da Sociedade Anônima do Futebol estava marcada para esta quinta-feira (6), mas foi suspensa após pedido dos credores, que solicitaram mais tempo para analisar as recentes alterações no plano de Recuperação Judicial.

Entre os pontos que motivaram o adiamento estão as exigências de garantia de pagamento das dívidas, que não podem depender exclusivamente da venda da sede da Kennedy. Apesar das mudanças solicitadas, a NextPlay Capital Ltda manteve sua proposta, homologada no último dia 30 de setembro, e segue participando das negociações.

Na reunião, que durou menos de uma hora, a defesa do Paraná Clube reforçou que a NextPlay foi a única empresa a oficializar uma oferta até o momento, mas não descartou a possibilidade de surgirem novas propostas antes da nova assembleia. Segundo informações do portal Ric, o empresário Carlos Werner, dono do CT Ninho da Gralha e ex-mecenas do Tricolor, tenta articular um grupo de investidores paranistas para injetar recursos no clube, montar uma equipe competitiva para disputar a Segunda Divisão e valorizar a SAF para uma eventual venda apenas em 2026.

Outros empresários chegaram a sondar o clube nos últimos dias, mas as movimentações não avançaram. Com mais 13 dias até a assembleia, uma nova proposta não está descartada. Caso surja outro interessado, a oferta deverá ser 10% maior que a da NextPlay, ou seja, pelo menos R$ 233 milhões, cabendo à empresa atual o direito de cobrir a proposta, por ser a proponente âncora.