Morreu, aos 92 anos, o ex-jogador de futebol e ex-treinador Mário Jorge Zagallo, na sexta (5), por falência múltipla de órgãos, no Rio de Janeiro. A assessoria de Zagallo confirmou o falecimento em comunicado publicado nas redes sociais no início da madrugada deste sábado (6).
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Tetracampeão mundial pela seleção brasileira, sendo duas vezes como jogador (1958 e 1962), uma como treinador (1970) e uma como coordenador técnico (1994), o Velho Lobo também dirigiu o Brasil nas Copas do Mundo de 1974 (quarto lugar) e 1998 (vice), além de assistente técnico no Mundial de 2006 (queda nas quartas de final).
Zagallo foi o único futebolista a vencer quatro Copas do Mundo. O alagoano nascido em 08/09/1931, em Atalaia atuava como ponta-esquerda e iniciou em categorias amadoras do America (RJ), onde obteve o primeiro título: o Campeonato de Amadores do Rio de Janeiro. Em 1949, também conquistou o Torneio Início do Campeonato Carioca.
Foi transferido para o Flamengo em 1950. Pelo rubro-negro, foi tricampeão do Carioca (1953/54/55). Depois da Copa de 58, assinou com o Botafogo, onde ganhou dois títulos estaduais, a Taça Brasil e atuou ao lado de Garrincha, Didi e Nilton Santos.
Na Seleção Brasileira, o ponta-esquerda, que era conhecido pela velocidade, inteligência tática e deslocamentos rápidos, atuou nas Copas 1958 e 1962.
Em 1966, ele “pendurou as chuteiras” e virou técnico das categorias de base do Botafogo. Depois, treinou o Flamengo, o Vasco, o Fluminense, o Bangu, a Portuguesa e o Al-Hilal, na Arábia Saudita.
Zagallo comandou a Seleção Canarinho nas conquistas das Copas de 1970 e 1994, título que o sagrou como único tetracampeão da Copa do Mundo. Ele foi treinador da seleção em 1970; coordenador técnico em 1994; voltou a ser treinador em 1998 – em que o Brasil ficou como vice, após a derrota para a França na final. Na Copa do Mundo de 2006, reeditou a parceria de 1994, na comissão técnica de Carlos Alberto Parreira, como coordenador técnico.
Até hoje, Zagallo é uma das três únicas pessoas a vencer a Copa do Mundo tanto como jogador quanto como treinador. Os outros dois são o alemão Franz Beckenbauer – capitão da seleção na Copa de 1974 e treinador na Copa de 1990 – e o francês Didier Deschamps – capitão da seleção francesa na Copa de 1998 e treinador em 2018.
Zagallo decidiu não continuar profissionalmente no futebol em 2011, com 79 anos. Em 2012, o tetracampeão sofreu o maior baque de sua vida – a morte de sua esposa Alcina, com quem estava casado havia 57 anos. Os dois tiveram cinco filhos. Supersticioso, dizia que Alcina era a mulher ideal, pois a soma das letras do nome dela com o seu era igual a 13, número ao qual rendia graças por considerá-lo atrelado à sorte e à fortuna e ao amor.
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) decretou luto de sete dias.
