Terça-feira, 22 de Abril de 2025

Gestor do Operário, Álvaro Góes, fala sobre as expectativas da final do Campeonato Paranaense

A final entre Operário e Maringá será transmitida pelo D'Ponta News
2025-03-28 às 14:04
Edu Vaz

Em entrevista ao programa ‘Manhã Total’, na Rádio Lagoa Dourada FM, nesta sexta-feira (28), o presidente do grupo gestor do Operário Ferroviário, Álvaro Góes, compartilhou suas expectativas para a partida final do Campeonato Paranaense, que acontece neste sábado (29), às 16h, no Estádio Germano Krüger, em Ponta Grossa. A partida contra o Maringá terá transmissão ao vivo pelo Portal D’Ponta News por meio da Rádio Lagoa Dourada. Góes abordou diversos pontos durante a conversa, incluindo a preparação psicológica dos jogadores, o comportamento das torcidas, a importância do VAR, as expectativas para o futuro do clube e os desafios financeiros enfrentados pela equipe.

Edu Vaz/ D’Ponta News

 

Sobre o estado emocional dos atletas, o presidente destacou que os jogadores estão tranquilos e cientes da importância da partida. “Eu tenho conversado com os jogadores, estão tranquilos. Sabem que é mais um jogo de futebol e sabem o que precisam fazer dentro do campo”, afirmou Góes.

Álvaro Góes também comentou sobre a experiência do time em Maringá, onde, segundo ele, a recepção aos torcedores do Operário foi positiva. “Nós fomos muito bem tratados e não tivemos hostilidade nenhuma, tanto dentro do campo como fora”, disse o presidente.

Ele fez questão de pedir que a torcida do Operário trate os visitantes da mesma maneira. “Por isso que eu peço para que a gente receba eles com muita alegria, com muita festa e mostrar que somos um povo acolhedor”, fala.

Góes reforçou a importância do respeito mútuo entre as torcidas e a necessidade de evitar comportamentos inadequados. “É importante que todos tenham conscientização que é apenas um jogo de futebol, não é briga e nem discórdia. Vamos respeitar nossos adversários que vêm assistir o jogo, o pessoal de Maringá. Vamos mostrar que somos civilizados, temos cultura e educação; afinal, é só um jogo e que vença o que jogar melhor dentro do campo”.

O presidente também destacou a importância de manter a compostura, mesmo diante de situações adversas. “A torcida precisa entender que, independente se estivermos jogando bem ou mal, ou ainda a arbitragem do jogo não estiver legal, não devemos levar isso à sério. Não jogue nada no campo e não se alterem, isso vai prejudicar o Operário. Quem joga qualquer coisa no campo, seja um copo de plástico ou uma lata, é um bárbaro e não deve estar no estádio”, alertou Góes.

Góes também falou a respeito do VAR, enfatizando que será utilizado na partida do Operário contra o Maringá e destacou a sua importância. “O VAR é muito importante porque o olho humano às vezes não pega as coisas e o VAR está ali para auxiliar nisso”, explicou.

Ele também fez uma análise sobre os times do interior do Paraná, afirmando que tanto o Operário quanto o Maringá são os melhores estruturados do estado. “Na minha opinião, Operário e Maringá são os dois times melhores estruturados dentro do estado do Paraná, quando se considera times de interior. É por isso que chegaram às finais do campeonato”, disse Góes.

Sócio torcedor

O presidente falou sobre a necessidade de aumentar o número de sócios torcedores para garantir a sustentabilidade financeira do clube. “Para o Operário ser grande e forte, ele precisa ter os seus 10 mil sócios torcedores, é o limite do estádio. Isso nos dá condição de ter um bom elenco, trazer melhores jogadores e estarmos melhor preparados para jogar na Série B”, afirmou Góes.

Ele também comentou sobre a importância da adesão ao programa de sócios para garantir ingressos em jogos importantes. “Nós temos Copa do Brasil daqui a uns dias, a gente não sabe quem vem, quem sabe um Corinthians, um Palmeiras ou um Flamengo. Então, vá lá e se associe, com toda certeza, quando tiver um jogo importante, vai ser como agora para a final, não vai ter ingresso e os que tiverem vão ser caros”, destacou o presidente, reforçando que o objetivo é engajar mais torcedores, não apenas vender ingressos.

Infraestrutura do estádio

A estrutura do Estádio Germano Krüger também foi abordada. Góes reconheceu as melhorias realizadas ao longo dos anos, mas admitiu que ainda há desafios a serem enfrentados. “A estrutura do estádio melhorou muito se comparado há dez anos atrás, por exemplo. Antes alagava tudo, hoje temos vestiário para acomodar um time de Série A e não deixar nada a desejar”, afirmou.

No entanto, ele reconheceu a necessidade de mais investimentos, especialmente em áreas como os banheiros e bares. “Agora vamos partir para o lado de fora. Eu sei que os banheiros e bares são ruins, mas não temos dinheiro para arrumar isso. Se eu tirar o dinheiro do futebol para melhorar o estádio da noite para o dia, eu corro o risco de ser rebaixado”, explicou.

Desafios financeiros e a Copa do Brasil

Góes também falou sobre a dificuldade financeira enfrentada pelo clube. “O que nós estamos vivendo hoje é da Copa do Brasil. Estamos pagando salários e despesas com o dinheiro que recebemos da Copa do Brasil”, afirmou. Ele mencionou a discrepância financeira entre os campeonatos estaduais e a disparidade de receitas, destacando a dificuldade de competir em igualdade de condições com clubes de outros estados. “Da Federação Paranaense, o que recebemos ficou em torno de R$ 200 mil para disputar o Campeonato Paranaense. Enquanto um campeonato paulista, o time da menor divisão, ganha de R$ 8 a R$ 9 milhões. É muita discrepância”, concluiu.

Confira a entrevista na íntegra