Segunda-feira, 14 de Outubro de 2024

Gestor do Operário, Álvaro Góes fala sobre expectativas para o clube na Série B

2024-01-12 às 17:45
Foto: Moisés Kuhn/D’Ponta News

Em entrevista ao programa Manhã Total, na Rádio Lagoa Dourada FM (105,9 para Ponta Grossa e região e 90,9 para Telêmaco Borba), nesta sexta-feira (12), o presidente do grupo gestor do Operário Ferroviário, Álvaro Góes, falou sobre as expectativas para este ano para o time que subiu para a Série B em 2024 após uma campanha difícil em 2023.

“Estamos em um desafio muito importante esse ano, primeira coisa é se manter numa série B. A hora que você cai de uma Série B, igual caímos em 2023, nosso orçamento caiu vertiginosamente. De R$ 8 milhões ou R$ 9 milhões que a gente recebia da CBF, recebemos R$ 400 mil”, diz Góes, acrescentando que o time iniciou o ano com um déficit de R$ 1,6 milhão.

O gestor afirma que houve um investimento muito forte para que o Operário subisse para a ‘B’ novamente. “Futebol e Fórmula 1 são iguais, quem anda na frente? Quem tem dinheiro e condição. O orçamento do Flamengo, por exemplo, foi R$ 1 bilhão em 2022”, afirma.

Contratações

Com as duas recentes contratações, de Rodrigo Lindoso e Marcelo Cirino, o time está completo para iniciar o ano. “O que é bom disso é que os dois vieram dentro daquilo que o Operário tem condições de pagar, eles aceitaram a proposta, é muito importante para nós, não vieram com salários elevados, mas bem abaixo de 2022, que tinha atleta que ganhava R$ 80 mil, R$ 90 mil”, diz.

Além disso, o técnico Rafael Guanaes também é peça importante para o sucesso do clube neste ano. “É um cara que agrega, diferente de outros técnicos que já passaram, não que não foram bons, mas ele eu vejo que é um cara diferente, ele agrega. Se o jogador não está bem, ele chama o jogador para conversar, não põe o cara de lado”, pontua.

Góes ainda completa que a tecnologia dentro do futebol também colabora no bom andamento do time como um todo. “O jogador depois que ele treina, ele recebe na casa dele todos os dados de como foi o treino dele, quanto ele correu, se ele está desgastado ou não. É um colete que tem um sensor. Tudo isso é importante que se tenha no futebol”, afirma.

Novo vestiário

Entre as novidades para este ano está a construção de um novo vestiário, de alto padrão, para os atletas do Fantasma. “Vestiários nós estamos reformando, que seja idêntico a um vestiário do Flamengo, por exemplo, com banheiras de hidromassagem, já está feito o barracão, a construção vai começar na segunda-feira, isso é doação de uma empresa de Ponta Grossa”, diz. A expectativa é que a estrutura fique pronta no final do Campeonato Paranaense. “Para um nível de Série B, está na hora de fazermos uma coisa melhor para poder atender todas as pessoas vem jogar em Ponta Grossa”, completa.

Patrocínios e nova camiseta do Operário

Álvaro também comenta sobre a nova camiseta do Operário, que muitas vezes é alvo de críticas devido a quantidade de patrocínios que ela possui. “As pessoas precisam entender que o patrocínio na camisa é dinheiro para o Operário. Todo mundo reclama, “ah queria ter um patrocinador”. Me arruma um patrocinador que patrocine o Operário e que dê R$ 9 milhões no ano para nós”, dispara.

“Temos três tripés dentro do Operário. Um é a camisa, segundo é televisão (CBF) e o terceiro são os sócio-torcedores. Os dois primeiros já está fechado, só o terceiro que está deixando a desejar. Infelizmente o sócio-torcedor não está fazendo a sua parte. Já falei várias vezes e volto a falar: eu acho que se o sócio-torcedor não cumprir no mínimo 9 mil, para o ano que vem não tem futebol em Ponta Grossa, eu abandono. Estamos com 3 mil atualmente, mas já chegamos a 9 mil”, diz Álvaro.

O presidente do grupo gestor ainda comenta sobre o valor do ingresso da futura partida entre Operário e Santos, que foi rebaixado para a Série B neste ano, e deve competir no estádio Germano Krüger durante o Campeonato Brasileiro. “Eu não tenho condições de fazer o ingresso ao valor que nós estamos fazendo sócio torcedor. O ingresso Operário e Santos no mínimo de R$ 200, e nós vamos ter que cobrar”, acrescenta.

Para se tornar um sócio torcedor, basta clicar aqui para conferir todos os planos. 

SAF

Quando questionado sobre as SAFs (Sociedade Anônima de Futebol), modelo em que os clubes de futebol podem ser transformados em empresas, Álvaro Góes afirma que o Operário já recebeu quatro propostas. “Mas ainda os valores que a SAF traz para nós, não é aquilo que o Operário necessita. O Operário precisa, primeiro: de dinheiro para acrescentar dentro do nosso orçamento para montar um time forte, para poder subir para uma Série A. Dinheiro para aumentarmos o Germano Krüger, não adianta lutarmos para subir para uma Série A, se não temos capacidade no estádio para atender”, pontua.

Confira a entrevista completa: