há 8 horas
Amanda Martins

O confronto entre Egito e Irã, marcado para 27 de junho de 2026 em Seattle, tornou-se um dos assuntos mais comentados fora de campo antes mesmo do início da Copa do Mundo. Segundo o Metrópoles, a partida foi previamente escolhida pelo comitê organizador local para integrar a programação do Pride Weekend, coincidindo com as celebrações do orgulho LGBTQIA+ na cidade, e recebeu o título de “Pride Match”.
A decisão ocorreu antes do sorteio oficial da Copa. Só depois veio a coincidência que gerou tensão: o jogo festivo colocará frente a frente duas seleções de países onde relações homoafetivas são criminalizadas. No Egito, atos entre pessoas do mesmo sexo são enquadrados em leis de “moralidade pública”. No Irã, a legislação baseada na sharia prevê punições severas, podendo chegar à pena de morte.
As federações dos dois países reagiram negativamente. A Federação Iraniana classificou a escolha como “irracional” e anunciou que contestará o uso do termo “Pride Match” junto à Fifa. A Federação Egípcia também demonstrou desconforto com a associação da partida às celebrações do orgulho LGBTQIA+.
Apesar da pressão, o comitê organizador de Seattle manteve o evento na programação oficial. A cidade criou o Pride Match Advisory Committee, grupo responsável por orientar ações comunitárias, campanhas e espaços de visibilidade para empresas LGBTQIA+ locais. Segundo o site oficial da sede, a iniciativa busca promover “visibilidade e inclusão no futebol global”.
A partida entre Egito e Irã encerrará a participação das duas seleções no Grupo G, que também conta com Bélgica e Nova Zelândia, e promete atrair atenção não apenas pelo futebol, mas pelo forte simbolismo político e social que a cerca.