Na infância e na adolescência, as interações sociais desempenham um grande papel para o sentimento de autorrealização e bem-estar. Um estudo realizado na Nova Zelândia aponta que, na vida adulta, as conexões interpessoais cultivadas na juventude são mais significativas para esse sentimento do que o sucesso acadêmico, por exemplo.
Para Bianca Ferreira Larangeira, psicóloga do Marista Escola Social Ecológica, trata-se de um dos vínculos mais importantes, que deve ser trabalhado desde a infância: “A amizade é importante em todas as fases da vida e, em momentos de dificuldades, faz muita diferença para o bem-estar e a qualidade da saúde mental”.
Com a pandemia, cultivar os laços da amizade ficou um pouco mais difícil. A escola é um ambiente fundamental de socialização para crianças e adolescentes, onde muitos dos laços de amizade se iniciam. Embora as aulas presenciais tenham retornado, a necessidade do distanciamento social e a impossibilidade de juntar amigos para atividades em grupo como cinemas, restaurantes e festas de aniversário podem deixar os estudantes com o sentimento que as relações não são mais as mesmas.
É aí que a tecnologia pode desempenhar um papel de aproximar quem está fisicamente distante, segundo o professor de Ensino Fundamental do Colégio Marista Santa Maria, Patrick Lopes Buneck. “Uma videochamada não substitui olhar nos olhos de nossos amigos e estar perto enquanto rimos de algo que foi dito, mas nos permite manter os laços com aqueles que escolhemos amar, mesmo estando longe”, explica o professor.
Confira dicas para manter as amizades em meio à pandemia
1 – Encontros presenciais são uma possibilidade, desde que todas as normas de segurança sejam respeitadas. Uma boa ideia é encontrar os amigos para colocar o papo em dia em um parque ou praça, onde o ar circula e o distanciamento social é possível. O uso da máscara permanece imprescindível!
2 – Na impossibilidade de promover um encontro ao ar livre, as videochamadas são uma alternativa. Os amigos também podem jogar online em grupo, uma interação que pode aproximá-los apesar da distância física. Alguns exemplos são os aplicativos Ludo King; Photo Roulette; Gartic e o jogo Among Us.
3 – Fazer planos: “Aquilo que projetamos para o futuro serve como um caminho a ser trilhado. Durante uma pandemia, enquanto estamos sendo impedidos de fazer diversas coisas, é comum pensar naquilo que iremos fazer e com quem iremos fazer. Isso nos move, nos mantém esperançosos e muda o nosso foco”, pontua o professor Patrick Lopes Buneck.
4 – Olhar para o futuro: “É importante reforçar com as crianças e adolescentes que, em algum momento, a ansiedade por abraçar, sem medo, os amigos que amamos terá fim”, conclui a psicóloga Bianca Ferreira Larangeira.
da assessoria
