Sexta-feira, 11 de Outubro de 2024

Estudo aponta que depressão, ansiedade e dores musculares cresceram na pandemia

2022-06-09 às 10:59

Estudo recente, publicado no The Lancet, mostra que a pandemia da Covid-19 causou um crescimento nos números de casos de depressão e ansiedade – avançando 28% na primeira e 26% na segunda, de 2019 a 2020, momento em que a pandemia teve início.

A questão diz respeito ao fato de que, quando diagnosticados esses quadros, outras questões crônicas e condições físicas também são identificadas. Estudo feito pelo Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas de São Paulo apresentou que mais da metade dos indivíduos com algum transtorno no humor também mostrou complicações físicas – ressalta-se, a partir disso, a importância de uma clínica de fisioterapia, que pode ajudar em alguns quadros físicos.

Especialista aponta ainda que o ponto mais grave da pandemia da Covid-19, nesses casos, foi o fato das pessoas terem ficado paradas e sem se movimentar. Além disso, ainda foi indicado que indivíduos que possuem depressão e ansiedade, no geral, têm mais tendência a terem uma percepção maior da dor.

Dados pré-pandemia da Covid-19 sobre atividade física

Ainda nesse sentido, abordando questões musculares e sobre saúde mental, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a quantidade de pessoas que praticam exercícios físicos como lazer no território nacional cresceu fortemente entre 2013 e 2019, alcançando quase um terço da população com quase 18 anos ou mais. Os dados estão na quarta etapa da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019. Segundo o instituto, no ano de 2019, 30,1% dos brasileiros cumpriram o nível recomendado de atividade física no lazer. Em 2013, esse número era de 22,7%. Entre a população masculina, o percentual foi de 34,2%; entre as mulheres, 26,4%.

Apesar disso, o IBGE apresentou que o número de pessoas apontadas como “insuficientemente ativas” estava em 40,3% entre adultos – o que é visto como alto. Essas pessoas não realizaram atividades físicas ou, se sim, por menos de 150 minutos por semana – no lazer, trabalho ou deslocamentos.

As pessoas consideradas fisicamente ativas no lazer são aquelas que praticam atividade física, seja qual for, fora do âmbito da escola ou trabalho, acima de 150 minutos na semana para as “atividades moderadas”, ou seja, pilates, caminhada, dança, hidroginástica; ou 75 minutos para as “atividades vigorosas”, como musculação, corrida, futebol, basquete, tênis ou atividade aeróbica. As atividades físicas no âmbito do trabalho foram feitas por 42,6% dos entrevistados em 2019. Em relação aos deslocamentos, por 31,7%; e atividades domésticas, 15,8%. Os últimos pontos foram mais recorrentes entre mulheres do que entre homens.