O portal D’Ponta News começou uma série de reportagens sobre ‘A Pandemia em PG’. Publicada sempre às terças e quintas-feiras, a série trará sempre uma entrevista exclusiva com a opinião de um convidado sobre as atitudes tomadas no início da pandemia, a atual situação e também como enxerga o futuro para Ponta Grossa.
Em meados de março, quando as primeiras medidas foram tomadas pela Prefeitura para conter a pandemia em Ponta Grossa, muito se falou se elas seriam acertadas ou não. Para o médico pneumologista e coordenador do Comitê Covid-19 do Hospital Bom Jesus, Pedro Compasso, as atitudes foram bem cautelosas. “Com a pouca quantidade de informação que se tinha na época, ao que parece, foram medidas cautelosas. Elas seguiram uma certa linha de outros locais, mesmo com poucos casos, ou até mesmo nenhum caso”, afirma
Para o médico, as medidas iniciais foram essenciais para que as pessoas criassem mais disciplina no enfrentamento ao vírus. “Criou-se um senso coletivo de maior proteção. Quando os primeiros casos vieram, as pessoas já tinham entendido mais como funcionava a doença, como era o mecanismo evolutivo”, coloca. Ele ainda avalia que Ponta Grossa está em uma situação equilibrada. “A gente não tem um ‘bum’ de casos. Existe um equilíbrio entre casos novos e casos curados”, complementa.
O médico também acredita que o Executivo tem tomado as melhores decisões possíveis. “Baseado na experimentação científica de outras regiões, baseado em apoio técnico, com dados epidemiológicos, o melhor que a cidade tem a fazer no momento ela está fazendo”, afirma. Pedro ainda comenta que ações como a reabertura ou não do comércio são complexas. “A gente tem que entender que existem várias situações que o gestor público tem que avaliar. Ele tem que avaliar não só os casos novos, as pessoas que morrem, mas também quantas pessoas estão sendo demitidas, o quanto os empresários estão tendo problemas. Eu não queria estar na pele dele”, completa.