Domingo, 17 de Novembro de 2024

Após 12 anos, delegado Jonathan Trevisan deixa a Polícia Federal em PG e relembra conquista da sede no município

2021-09-28 às 16:59

Após 12 atuando em Ponta Grossa, o delegado de Polícia Federal, Jonathan Trevisan Junior, de 47 anos, deixou a cidade na última semana. Trevisan fez parte da implantação da Delegacia da Polícia Federal no município, em 2010, onde ocupou o posto de delegado-chefe por duas vezes. Nesta terça-feira (28), ele começou a atuar na Delegacia de Itajaí, em Santa Catarina, para onde foi transferido após pedido de remoção por motivos particulares.

Natural de Curitiba, em 2009 Jonathan já participava da busca por um espaço para a implantação de uma delegacia da Polícia Federal em Ponta Grossa. O local escolhido foi na esquina entre as ruas Balduíno Taques e Carlos Osternac, na Vila Estrela. Trevisan participou de todo o processo de estruturação da nova delegacia, que foi inaugurada em maio de 2010.

“Jonathan teve um papel fundamental na instalação da delegacia da Polícia Federal em PG. Desde os primeiros passos trabalhou para a implantação e concretização dos serviços na unidade. Sempre atendeu a todos com atenção e dedicação. Deixou um legado na história da PF nos Campos Gerais”, declara o juiz federal Antônio César Bochenek.

Trevisan foi o primeiro delegado-chefe da sede da PF em Ponta Grossa, ocupando o cargo até 2013, quando tomou posse o delegado Paulo Maurício de Mello. Trevisan deixou a função mas permaneceu atuando na cidade até junho de 2019, quando, novamente, assumiu a chefia, substituindo José Roberto Peres, que estava no posto desde 2015. Ele ficou sozinho na unidade até o início de 2020, quando chegou na cidade o delegado Waldimiro Vieira Junior, que segue no comando da sede de Ponta Grossa, contando ainda com o apoio de mais dois delegados.

Em todos os anos de atuação na cidade, Trevisan destaca os avanços tecnológicos implantados na Delegacia, que se tornou referência para o país. Em 2010, a Delegacia de PG foi a primeira no Paraná a ser 100% e-proc, ou seja, usava o sistema de processo eletrônico da Justiça Federal da 4ª Região para todos os inquéritos. Em 2019, inovou outra vez, sendo a primeira do Brasil a tramitar todos os inquéritos de forma digital na ePol, o sistema eletrônico da Polícia Federal.

Morando por anos na cidade, além de relações profissionais, Trevisan fez grandes amigos na cidade. “Agradeço tudo, aos colegas com quem trabalhei na Delegacia, pessoas dos demais órgãos com quem me relacionei, dentre os quais, vários se tornaram meus amigos. Me estabeleci aqui, construí meu lar, e esperava me aposentar em Ponta Grossa”, revela o delegado.

Uma das pessoas que conviveu bastante com Trevisan foi o Procurador da República, Osvaldo Sowek Junior, que reforça o quanto o delegado era benquisto na cidade. “Ele era um profissional comprometido com o trabalho, um dos primeiros a chegar na delegacia e o último a sair. Estava sempre pronto para ajudar quando alguém precisava de alguma emergência, dava um jeito de auxiliar todo mundo, na medida do possível. E como pessoa, era alguém admirado, de fácil convívio, muito querido por todos”, conta Sowek.

Trevisan lamenta apenas não ter conseguido deixar a Delegacia em uma sede própria. “Essa é uma tristeza, eu tinha como meta deixar o legado da sede própria, mas não consegui. Mas tenho certeza que o novo delegado, Waldimiro Vieira Junior, com sua competência e experiência, encampando essa batalha, conseguirá. Ele já tem o terreno, vai conseguir desempenhar esse trabalho e Ponta Grossa terá uma delegacia com a grandeza do tamanho da cidade”, finaliza Trevisan.