O empresário Edilson Andrade, diretor comercial do Recanto Cataratas Thermas Resort & Convention, em Foz do Iguaçu, apresenta dicas para impulsionar o turismo local, por ser um setor de alta empregabilidade. Durante entrevista ao programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero, na Rádio Lagoa Dourada FM (105,9 para Ponta Grossa e região e 90,9 para Telêmaco Borba), nesta quinta (20), o empresário ressalta que tem crescido a procura de ponta-grossenses pela visita ao resort na região fronteiriça.
De acordo com Andrade, a posição geográfica de Ponta Grossa é estratégica e os atrativos naturais e turísticos que existem no município e nos arredores são interessantes e bastante cativantes. Ele opina que, no pós-pandemia, o ser humano tem evidenciado e entendido a necessidade de se movimentar, se reunir com amigos e viajar, mesmo que para perto. “Ele sabe dessa importância e o turismo sabe oferecer produtos que cabem no bolso deles. É uma indústria poderosíssima”, frisa.
No entanto, o empresário observa que, apesar de haver “uma indústria muito importante de turismo aqui instalada”, ainda se prioriza a venda de pacotes turísticos para fora daqui. “Vende Brasil, Caribe, Europa, Estados Unidos, Ásia, Austrália. Estive olhando isso e eles são poderosos aqui. O residente de Ponta Grossa e região viaja bastante, é um público bem importante. Tem que ter um entendimento que aqui é, também, uma oportunidade de negócio”, recomenda.
Segundo Andrade, a procura de ponta-grossenses pelo resort em Foz do Iguaçu tem sido tão grande que os turistas costumam comentar que, mesmo sem ter ido ao local a trabalho ou marcado alguma reunião, coincidentemente, encontrou lá amigos e colegas daqui de Ponta Grossa ou da região. “Um dos objetivos da infraestrutura que temos lá é justamente provocar isso: criar um espaço para encontros, para entretenimento e diversão, que é sinônimo de resort”, destaca.
A preferência do ponta-grossense pelo resort, segundo o empresário, se explica pela tentativa de se refugiar do clima mais frio que faz aqui, em relação a Foz. “Mesmo quando está frio, como é termal, eles sempre têm momentos bacanas”, diz.
Foz do Iguaçu, de acordo com Andrade, é visada pelo mundo inteiro. Ele relata que conheceu as Cataratas do Niágara (Niagara Falls), que ficam na fronteira entre o estado de Nova York, nos Estados Unidos, e a província de Ontário, no Canadá, mas afirma que não há comparação com as Cataratas do Iguaçu, na divisa entre Brasil e Argentina. “Niagara Falls é um espetáculo, mas as Cataratas do Iguaçu são 10 vezes mais interessantes. Lá fora, a infraestrutura é um pouco melhor, mas não se compara”, diz.
Segundo Andrade, quando uma cidade europeia começa a chamar a atenção, turisticamente falando, os primeiros que a visitam são os moradores de cidades vizinhas, que começam a divulgar para visitantes de locais cada vez mais distantes, “de dentro para fora”. Por aqui, ocorre o inverso. “Foz do Iguaçu é um caso curioso, porque o mundo inteiro ia lá, o cara saía da Ásia, dos rincões da Europa, da Rússia, do Canadá, dos Estados Unidos, enfrentava muita dificuldade, cruzava oceanos, para ir visitar Foz do Iguaçu. Depois, o brasileiro começa a entender”, afirma.
O empresário acredita que a pandemia contribuiu para uma “redescoberta” dos destinos turísticos, especialmente os próximos, uma vez que as fronteiras estiveram fechadas durante um período considerável. “A pandemia ajudou na redescoberta do destino, que rejuvenesceu muito. O jovem entendeu que é um destino incrível lá”, comenta.
O fechamento das pontes nas fronteiras entre Brasil, Paraguai e Argentina, que reduziu o turismo comercial, contribuiu para o aumento na visitação do turista regional: aquele que vem de todo o Paraná, do estado de Santa Catarina e do sul de São Paulo. “Uma presença muito forte. E eles estavam impedidos de cruzar para o lado paraguaio ou argentino, que é um atrativo impressionante, inacreditável. Aquele clichê de que você pode tomar café da manhã num país, almoçar no outro e jantar num terceiro é uma experiência bacana, muito legal”, aponta.
O destino – não apenas Foz, mas também as cidades da região da Tríplice Fronteira – entendeu que precisava se adaptar e se reinventar para acolher esse novo perfil de turista e suas exigências. “Ele está acostumado a fazer compras em shoppings de luxo. Então, agora, quando se fala em Paraguai, se você quiser, pode ir à rua comprar suas coisas, correr seus riscos, é como se você fosse a Nova York: você vai à 5ª Avenida (Fifth Avenue) ou China Town. Agora, tem os shoppings de luxo, de categoria internacional, com as marcas mais importantes do mundo”, diz.
Empregabilidade
O empresário analisa que o turismo é uma indústria que promove muita riqueza, prosperidade e oportunidades de emprego, uma vez que o serviço de hospitalidade não tem condições de ser prestado por máquinas. O Recanto Cataratas gera cerca de 400 empregos diretos.
“Não temos como ter máquinas para atender à demanda do negócio de turismo. Então, somos uma indústria muito empregadora. Às vezes, vejo que aqui na região, determinada multinacional ou empresa está fazendo um investimento de R$ 100 milhões ou R$ 200 milhões. Mas qual é o resultado de emprego direto? 100, 200 empregos. Na nossa indústria, com um investimento desse, a capacidade e a necessidade de recursos humanos, de todos os níveis, é gigante”, comenta.
Além de gerar centenas de empregos diretos, o negócio envolve uma cadeia de serviços paralelos, porque o turista não fica instalado somente no hotel: ele vai ao restaurante, ao bar, à farmácia, à padaria, pega táxi. O empresário analisa que, individualmente, os integrantes do Poder Legislativo reconhecem a importância do turismo para o desenvolvimento local, mas, coletivamente, não se organizam para criar projetos que o fomentem. “Alguma coisa acontece que eles não entendem e não levam à frente a prioridade ou importância”, diz.
Sertanejo Weekend
De 4 a 6 de novembro, o Recanto Cataratas Resort Thermas & Convention sedia a segunda edição do Sertanejo Weekend. A primeira edição, nesse formato, ocorreu no Tauá Resort & Convention, em Atibaia (SP), de 28 a 30 de abril.
“O produtor escolheu nosso resort para fazer essa segunda edição. É realmente sensacional, porque ele não passa só com os dois espetáculos que acontecem na sexta e sábado à noite, com duas grandes atrações, mas durante o dia, tem muito entretenimento cultural, com outras bandas que estão nascendo, DJs. Enfim, é um pacote de cultura, música, atividades e entretenimento”, conta.
Fim de ano
No dia 14 de novembro, véspera de Feriado da Proclamação da República, o resort faz o lançamento das “Luzes Encantadas”, pelo sétimo ano seguido. A decoração natalina do resort é inspirada em Gramado (RS). “Trouxemos profissionais de lá e fizemos uma iluminação temática de Natal no resort inteiro, que realmente é fantástica e emociona as pessoas”, explica. A decoração temática fica até o Dia de Reis, 6 de janeiro.
O resort oferece, ainda, pacotes especiais de Natal e Revéillon. “Não tem ninguém que faça um evento igual ao que fazemos de Natal, uma coisa teatral, de entretenimento, lúdico e para todas as idades. Resgatamos a ideia do Natal, em todos os níveis”, diz. A ceia de Natal promete ser um super evento, animado por banda e show baile, com direito a bebidas finas num ambiente luxuoso.
“Nesse mesmo espaço, fazemos o fim de ano, o pacote de Revéillon, que é um pacote já super reconhecido, que não tem nada igual no Sul do Brasil. Fazemos com um número limitado de pessoas, porque queremos entregar o máximo para as pessoas”, destaca.
Confira a entrevista de Edilson Andrade na íntegra: