O Tribunal do Júri de Curitiba condenou a 50 anos de prisão o homem denunciado pelo Ministério Público do Paraná como autor do assassinato de Rachel Genofre, em 2008, em Curitiba. A sessão de julgamento terminou na noite desta quarta-feira, 12 de maio. A pena fixada soma 40 anos de prisão pelo homicídio duplamente qualificado (asfixia e ocultação de crime anterior) e 10 anos pelo crime de atentado violento ao pudor, ambos denunciados pela 1ª Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri da capital. À época, o corpo da criança – então com nove anos de idade – foi encontrado em uma mala, debaixo de uma escada, na rodoferroviária da capital.
Carlos Eduardo dos Santos foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná por atentado violento ao pudor e homicídio qualificado (causado por asfixia e para assegurar a ocultação de outro crime).
Segundo a denúncia, oferecida pela 1ª Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri de Curitiba, após a conclusão das investigações pela Polícia Civil, no dia 3 de novembro de 2008, o réu abordou a vítima, então com nove anos de idade, quando ela saía da escola, no centro da capital.
Passando-se por produtor de programa infantil de televisão, o investigado convenceu a menina a acompanhá-lo até o endereço em que estava hospedado, praticando no local ato de atentado violento ao pudor e provocando em seguida a morte da criança, por asfixia.
DNA – A denúncia do MPPR foi recebida pela Justiça somente no dia 26 de dezembro de 2019, pois a identificação do acusado só foi possível a partir do cruzamento de dados de exames de DNA pela Polícia Civil, 11 anos após o homicídio da menina. O denunciado inclusive já cumpria pena de prisão por outros crimes.
A sessão de julgamento deverá ocorrer no Plenário do Tribunal do Júri de Curitiba. Por conta da pandemia de coronavírus terá restrições de acesso ao local. O processo tramita sob sigilo.
O caso
Rachel Genofre, de 9 anos, foi encontrada morta dentro de uma mala, abandonada debaixo de uma escada, na rodoferroviária de Curitiba, no dia 5 de novembro de 2008, dois dias após o desaparecimento dela. O corpo da criança tinha sinais de violência sexual e estrangulamento.
Onze anos após a morte de Rachel, exames de DNA ajudaram a polícia a identificar Carlos Eduardo. Ele cumpre pena de 25 anos por outros crimes e, após a identificação como suspeito pela morte da menina, confessou à polícia que a matou.
com MP Comunicação