O Instituto Água e Terra (IAT) iniciou a avaliação da qualidade das águas de praias e rios do Litoral e das Costas Oeste e Norte do Estado para a temporada de verão 2020/2021. O primeiro boletim sairá na próxima sexta-feira (18) e o último no dia 12 de fevereiro de 2021. São 66 pontos monitorados: 59 rios e praias no Litoral, 16 praias artificiais no Reservatório de Itaipu e um rio em Primeiro de Maio.
Serão divulgados nove boletins, sempre às sextas-feiras, no site do IAT.
“Lembrando que estamos em uma pandemia e os municípios têm a autonomia de decidir as regras de visitação desses ambientes”, ressalta o secretário do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Márcio Nunes. “Importante que se evite a aglomeração e o uso de máscara e distanciamento sejam respeitados”.
A expectativa é que a boa qualidade das águas se mantenha nesse verão. Na última temporada, somente cinco pontos no Litoral tiveram período impróprio para banho em razão das chuvas.
“Durante 2020 o Governo do Estado investiu R$ 1,8 milhão, e também disponibilizou R$ 3,9 milhões para a limpeza e desassoreamento de valas de drenagem e canais durante a temporada 2020/2021, no Litoral. Também foram disponibilizados R$ 7,9 milhões para auxiliar os municípios na coleta e destinação de resíduos neste verão”, diz o diretor de Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos do IAT, José Luiz Scroccaro. “Essas obras irão contribuir para a limpeza e minimização das cheias no Litoral, garantindo a qualidade da água”, conclui.
MONITORAMENTO – O monitoramento das águas verifica se há contaminação por esgoto sanitário clandestino e indica a possibilidade de uso dos espaços públicos para atividades de lazer, como natação, mergulho e esqui.
Para isso, utiliza-se o indicador Escherichia coli, uma bactéria existente no intestino dos seres humanos e dos animais de sangue quente. Quanto maior o número dessa bactéria na água, maior será a quantidade de esgoto e, consequentemente, maior a probabilidade da existência de organismos patogênicos (causadores de doenças).
As doenças mais comuns são gastroenterite, diarreia, doenças de pele e infecções nos olhos, ouvidos e garganta. Outras mais graves também podem ser transmitidas por meio da água, como hepatite A, cólera e febre tifoide.
A avaliação é feita seguindo determinaçõesda Resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) nº 274/2000.
LITORAL – Os pontos monitorados ficam em Guaratuba (13), Matinhos (14), Pontal do Paraná (11), Ilha do Mel (6), Morretes (3) e Antonina (2). O boletim também aponta dez rios, canais e galerias considerados permanentemente impróprios para banho no Litoral, independentemente da época do ano. Eles estarão indicados em letras maiúsculas no boletim.
COSTAS OESTE E NORTE – No Interior do Estado são monitorados pontos de prainhas e rios nas cidades de Foz do Iguaçu (2), Santa Terezinha de Itaipu (3), São Miguel do Iguaçu (2), Itaipulândia (1), Missal (1), Santa Helena (3), Entre Rios do Oeste (2), Marechal Cândido Rondon (2) e Primeiro de Maio (1).
COLETAS – As coletas começaram em 16 de novembro. “É preciso realizar cinco avaliações antes do primeiro boletim, seguindo legislação do Conaman”, explica Beatriz Ern da Silveir, bióloga do Laboratório de Microbiologia do IAT em Curitiba. As coletas ocorrem todas as segundas-feiras e levadas para laboratório. Os resultados saem em cerca de 24 horas. Os boletins são divulgados às sextas-feiras, com validade de sete dias.
O IAT conta com oito técnicos amostradores, três analistas para o laboratório de Curitiba, um em cada regional no Interior e dois responsáveis pela atualização do boletim de balneabilidade.
BANDEIRAS – Cada ponto monitorado possui uma bandeira indicando se o local está próprio ou impróprio para banho. Elas são atualizadas às sextas-feiras, após resultado do novo boletim.
A sinalização refere-se à condição da água a 100 metros à direita e à esquerda de cada bandeira. A cor azul indica que a água apresenta boas condições de balneabilidade em qualquer condição climática e a vermelha representa áreas inadequadas para banho em função de contaminação fecal.
Da AEN