Na manhã desta segunda-feira (8), o prefeito de Ponta Grossa, Marcelo Rangel, rebateu críticas de que os números de Ponta Grossa no combate ao coronavírus estariam sendo maquiados.
“Isso é canalhice. É safadeza”, dispara Rangel sobre a acusações de que o município teria mortes que não foram computadas como Covid-19. “Quem está falando isso, quem repassou essa notícia falsa, essa pessoa é um canalha. Isso é prejudicar a população”, afirma.
Para Rangel, quem faz essas afirmações está desrespeitando o trabalho dos profissionais de saúde. “Não se esqueçam que nós tivemos um paciente que ficou 28 dias intubado. A chance dele morrer era enorme, mas graças ao trabalho dos médicos e enfermeiros, ele se curou”, reforça.
O prefeito destaca que todos os óbitos são investigados pela equipe de epidemiologia da Fundação Municipal de Saúde e que o serviço funerário não registrou aumento na média de falecimentos diários nesse período. “Todos os óbitos são verificados. Se alguém vier a óbito em casa, não estava no monitoramento ou não procurou o hospital, tudo isso é investigado”, garante.
Eleições municipais
Na opinião do prefeito, as críticas têm motivação política. “Vem alguém por causa de política dizer que nós estamos mentindo. Essa pessoa não está pensando na doença, não está pensando no povo de Ponta Grossa, está pensando na eleição que vai ter neste ano”, lamenta.
Rangel alerta que algumas pessoas querem enganar a população e parecem torcer pelo pior. “Se você está torcendo para que hajam mortes, para a população não se proteger ou para que a cidade estoure em número de casos, você realmente é um canalha. Ninguém pode torcer pela morte de ninguém, a gente tem que torcer pela vida”, justifica.
Transparência
De acordo com Rangel, a Prefeitura Municipal está trabalhando com total transparência e não existe nenhuma intenção de esconder informações da população. “Desde o início dessa doença nós falamos que a maior arma que nós temos contra o vírus é a transparência, é a informação clara e direta, doa a quem doer”, frisa.
Ele lembra que durante a pandemia de Covid-19 já foi obrigado a repassar para a população notícias desagradáveis. “Teve dias em que eu tive que dar notícias terríveis, mas eu falei e não omiti nada. Quando a doença avançou, quando nós tivemos problemas graves com dois ou três casos em UTI”, cita.
As declarações foram dadas por Rangel durante o ‘Programa Nilson de Oliveira’, que apresenta diariamente na Rádio Mundi FM.