Este é o caminho que apontam os dados de óbitos contabilizados pelos Cartórios de Registro Civil do País, que mostram uma redução de 72% nas mortes de pessoas entre 90 e 99 anos; de 44% entre aquelas de 80 a 89 anos; e de 6% entre os que possuem entre 70 e 79 anos – este último grupo ainda em período de quarentena entre as aplicações de doses e efeito da vacina -, na comparação entre a média de óbitos destes grupos desde o início da pandemia e os primeiros 15 dias do mês de abril deste ano.
Os idosos da faixa etária entre 90 e 99 anos representavam, em média, 5,9% do total de mortos pela Covid-19 desde o início da pandemia. Em março, já com os primeiros reflexos da vacinação para esta idade, passaram a representar 3,1% dos óbitos e, nos primeiros dias de abril, 1,6% do total de falecimentos. A faixa entre 80 e 89 anos, passou de uma média de 19,6% do total de mortos para 13,9% em março, e para 11,1% em abril. Já os óbitos entre a população de 70 a 79 anos que, em muitos Estados, acabou de receber a 2ª dose da vacina, passou de uma média 26,2% do total de óbitos para 24,6% em abril, dando início a uma redução.
Os dados constam no Portal da Transparência do Registro Civil (http://transparencia.
“O portal da transparência é um excelente e relevante informativo para termos os dados, tanto de natalidade quanto de óbitos, da população brasileira. A partir dessas informações podemos ter formas de implementar nossas ações, seja para o governo implementar políticas públicas ou para informações ao público em geral”, destaca Elizabete Regina Vedovatto presidente do Instituto do Registro Civil das Pessoas Naturais do Estado do Paraná (Irpen/PR).
Mais jovens estão morrendo
Se no começo da pandemia, a faixa etária de pessoas com idades entre 60 e 89 anos eram aquelas que proporcionalmente mais vinham a óbito causado pelo novo coronavírus no Paraná, este cenário começa a se alterar, com o aumento proporcional de mortes entre pessoas de faixa etária mais jovem, que vão dos 20 aos 59 anos. A mudança teve início em fevereiro, com aumento em março, que se mantém nos primeiros dias de abril.
Os óbitos de pessoas com idades entre 20 e 29 anos, que até o mês de março representavam, em média, 0,97% dos falecimentos por Covid, passaram a ser 1% em abril, o que representa um crescimento de 8% no número de mortes. Já a quantidade de óbitos de pessoas entre 30 e 39 anos, que representavam, em média, 2,9% das mortes, subiram em abril para 5%, crescimento de 73% no número de mortes por Covi-19.
A faixa de pessoas entre 40 e 49 anos é a mais afetada pelo aumento no número de falecimentos causados pela nova fase da pandemia. Até janeiro de 2021, representavam 5,5% dos óbitos causados pela doença. Em fevereiro passaram a representar 6,8%, em março 9,7% e, nos primeiros dias de abril, representam 7,9% do total de mortos pela doença no Estado. Em relação à média de óbitos desde o início da pandemia, esta faixa etária, que representava 6,6% dos óbitos, deu um salto e agora corresponde a 44% do número de mortes nos primeiros dias de abril.
Também bastante afetada pela Covid-19 nesta 2ª onda da pandemia, a população com idade entre 50 e 59 anos representava, em média, 13,5% do total de mortes pelo novo coronavírus no primeiro ano completo da pandemia. Em fevereiro passou a representar 14,2%, em março para 17,1% e, nos primeiros dias de abril, representa 19,4% do total de mortos por Covid-19, um aumento de 44% no número de mortes pela doença.
O Instituto do Registro Civil das Pessoas Naturais do Estado do Paraná congrega os 519 cartórios de Registro Civil do Estado do Paraná distribuídos por todos os municípios e distritos paranaenses, responsáveis pelos principais atos da vida civil dos cidadãos, entre eles os registros de nascimentos, casamentos e óbitos. Saiba mais em www.irpen.org.br