Cuidados especiais foram observados
Ainda que muita gente tenha seguido a orientação de evitar aglomeração e passado pelo Cemitério Parque Jardim Paraíso no sábado e no domingo, neste Dia de Finados o movimento era grande pessoas rezando, acendendo velas e levando flores a seus entes queridos já falecidos. Por conta da pandemia algumas medidas de prevenção foram observadas, como a oferta de álcool em gel nos dois cruzeiros e a contratação de uma psicóloga, Inês Grochowski, que fazia a escuta das famílias enlutadas, especialmente as que tiveram perdas pelo Covid 19.
“Pessoas que as vezes não conseguem processar esse luto, vivenciar de uma forma saudável as formas que o luto tem. Situações muito dramáticas, dependendo do caso e dependendo da pessoa. Com esse serviço de escuta tentamos fazer com que possam vivenciar com uma qualidade melhor este momento difícil, que todos estamos sujeitos a passar e que não tem momento certo, não tem hora”, comentava a psicóloga, citando que iniciou o atendimento no Cemitério há um mês e meio, às segundas, terças e quarta-feiras, das 14 às 18 horas. Neste dia 2, Inês passou o dia em atendimento.
O Cemitério funcionou das 8 às 18 horas. Houve a celebração de duas missas, a céu aberto, às 10 horas, com o bispo dom Sergio Arthur Braschi, e, às 15 horas, com padre Mário Dwulatka. Nas celebrações, foram colocadas fitas determinando o distanciamento entre as pessoas. Durante todo o dia, houve atendimento de dois diáconos, com aconselhamentos e conversas, e, de padres e religiosos, ouvindo confissões. Também havia venda de flores, velas, suportes para vasos de flor. O ônibus do transporte coletivo seguiu rota especial até o interior do cemitério, das 8 às 18 horas.
Juliana de Oliveira, moradora do Parque Nossa Senhora das Graças, trouxe flores ao túmulo do filho. “Antes, eu vinha menos ao cemitério, mas depois que perdi meu filho, venho várias vezes durante o ano. Eu era mais nova e não entendia muito o significado do Dia de Finados. Depois, a gente vai entendendo as coisas”, dizia ela, que estava de máscara e tinha feito uso do álcool em gel nas mãos. “Muito bem organizado tudo. Eu vim mais cedo já para evitar muita aglomeração, mas por estarmos ao ar livre, é tranquilo. A gente sabe que ele não está mais aqui, que é só o corpo. Mas, gosto de vir pela paz que esse local me transmite. Não é um dia de tristeza”, afirmou.
Para o padre Matheus Mitsuo Taneguti, do Arautos do Evangelho, que atendia confissões, o Dia de Finados é um momento de intercessão. “Ontem, tivemos graça de celebramos a Igreja Triunfante e hoje a Igreja se dedica a celebrar a Igreja Padecente. Aqueles fiéis defuntos que morreram e que precisam da graça de Deus, que estão no purgatório, purificando as suas faltas, os seus defeitos, e a Igreja concede a graça aos sacerdotes de rezar Santas Missas e aos fiéis de rezarem nas celebrações até ver a misericórdia de Deus por essas almas”, enfatizou. O padre lembrou que, através do Sacramento da Reconciliação e do Perdão, é que as almas são purificadas. “Um Sacramento para auxiliar e fortalecer as almas e ajudá-las a não irem parar nas chamas do purgatório”.
Da Assessoria