há 6 meses
Redação
Um dos momentos mais significativos da visita do Papa Francisco ao Brasil ocorreu em julho de 2013, durante sua viagem apostólica para participar da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), no Rio de Janeiro. Ao longo do evento, o Papa fez diversos pronunciamentos abordando temas como fé, solidariedade, juventude e os desafios sociais enfrentados pelo Brasil. Em seus encontros com autoridades e com o clero brasileiro, ele fez um apelo enfático à Igreja no país, convidando-a a ser uma Igreja de serviço, escuta e acolhimento.
Durante a Santa Missa da JMJ, o Papa Francisco ofereceu uma mensagem profunda aos jovens, destacando três palavras-chave: “Ide, sem medo, para servir”. Ele os desafiou a não guardar a experiência da fé vivida na JMJ apenas para si, mas a compartilhá-la com o mundo, como uma chama que se torna mais forte ao ser transmitida.
O Papa ressaltou que evangelizar não é uma imposição de poder, mas um mandato de amor, e pediu que os jovens não temessem essa missão, pois Deus estaria sempre com eles. Ele também enfatizou que a evangelização exige serviço aos outros, superando egoísmos, assim como Jesus fez ao viver sua vida em dedicação aos demais. Além disso, o Papa destacou que o melhor instrumento para evangelizar os jovens é outro jovem e fez um apelo aos sacerdotes e grupos de pastoral para que continuem a apoiar e acompanhar os jovens em sua missão. Ao concluir, ele afirmou que, ao levar o Evangelho, os jovens teriam a força para transformar o mal e construir um mundo novo, com o auxílio de Maria, Mãe de Jesus.
Ele enfatizou que é fundamental formar ministros capazes de tocar e aquecer o coração das pessoas, caminhar com elas nas suas dificuldades, dialogar com suas ilusões e desilusões, e ajudá-las a reconstruir suas vidas. O Papa alertou que, sem essa formação sólida, o futuro da Igreja no Brasil será incerto. Ele lembrou o exemplo dos discípulos de Emaús, que, ao encontrarem Jesus, sentiram seus corações aquecerem (cf. Lc 24,32). Assim, salientou que a formação deve criar pessoas preparadas para enfrentar as trevas sem perder a própria identidade, ouvir a ilusão sem ser seduzidas por ela, e acolher as desilusões sem se render ao desespero.
O Papa sublinhou a necessidade de uma formação humana, cultural, afetiva, espiritual e doutrinal robusta. Ele pediu aos bispos que não se contentem com uma formação vaga ou pontual, mas que promovam estruturas duradouras de preparação em todos os níveis – local, regional e nacional. Para o pontífice, a formação não pode ser delegada; ela deve ser uma prioridade central para a Igreja no Brasil, exigindo uma dedicação plena e contínua dos bispos. Para o Papa, essa é a chave para o futuro da Igreja brasileira e sua missão de transformar a vida das pessoas.
da CNBB