Comprometido. Dedicado. Cuidadoso. Essas são algumas das características destacadas por colegas de profissão do enfermeiro Evil Merodaque, que desde o início da pandemia atuou na linha de frente da COVID-19 e que agora precisa de ajuda.

Evil é natural de Pinhalão (PR), trabalha como enfermeiro na UTI Covid do Hospital Universitário e acabou sendo infectado pela COVID-19. Com quadro grave de insuficiência respiratória, está intubado desde o dia 7 de junho. Como ele é prestador de serviço por uma empresa terceirizada, não possui direitos trabalhistas e, por isso, não recebe pelos plantões em que esteve impossibilitado de trabalhar. Para garantir o ‘salário’ do mês e ajudar a custear os tratamentos futuros, colegas do Hospital lançaram uma ‘vaquinha virtual’.

Enfermeiro Evil Merodaque

Fernanda Berger Ribas é enfermeira da UTI do HU e conta que a situação de Evil a preocupou, por isso teve a iniciativa de criar a campanha. “Eles prestam serviço para o hospital e não têm nenhum vínculo. Então quando não trabalham, não recebem. Isso me preocupou um pouco, o Evil tem um filho que mora com os pais dele em Pinhalão e me preocupou um pouco, porque já faz 14 dias que ele está internado e ele está bem deprimido porque ainda não está movimentando os membros. Vai demorar um tempo, tem reabilitação, ele ainda não saiu de dentro da UTI, então a gente calcula que ainda vai mais um tempo de internamento e ele não vai receber por esse tempo”, explica. Fernanda.

Karine Mariano Rosa de Sousa é técnica em enfermagem e comenta sobre a criação da ‘vaquinha’ para o Evil. “A ingratidão dessa profissão é muito evidente infelizmente, nesse momento, porque temos cuidado dele com muito amor e carinho mas, como da pra ver nessa iniciativa, não temos garantia de vida financeira, trabalhamos incansavelmente e não temos garantia de recuperação tranquila quando nós é que precisamos de restauração. Por isso que nossa colega gentilmente tomou essa iniciativa tão linda e pertinente”, explica.

A técnica em enfermagem destaca o cuidado que Evil tem com os pacientes e o bom relacionamento que mantém com todos os colegas. “Nada passa despercebido por ele, tem cuidado com cada atividade que é realizada nos pacientes, tem muita disciplina em questão de regras e protocolos. Faz o melhor bolo de fubá com coco do mundo, o arroz doce mais delicioso do planeta. É um domínio com a arte de massas que é fora de série. Amamos seus dotes culinários”, conta.

Karine ainda conta que Evil é muito comprometido com o trabalho e, anos atrás, mesmo quando houve uma greve no transporte coletivo ele não deixou de comparecer ao Hospital. “Ele morava nas proximidades do Contorno e pra que o hospital não ficasse desfalcado, vinha a pé. Sempre chegava ‘inteirão’ pro plantão, dizendo que já tinha se aquecido”, relembra.

“Desde que descobrimos que ele estava doente, uma tristeza geral caiu sobre nós, somos todos uma família, passamos muito tempo juntos querendo ou não, nos conhecemos pelo olhar”, afirma Karine.

Para ajudar o Evil a garantir o ‘salário’ pelo período em que está impossibilitado de trabalhar, basta clicar aqui e contribuir com qualquer valor. “O pouco que cada um puder ajudar já vai somando e vai dar um montante bom pra ele. Acho que ele vai ter gastos com fisioterapia depois, por perda de força muscular e para poder conseguir voltar a andar e fazer as atividades básicas que ele fazia antes”, explica Fernanda.

Para ajudar acesse: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/vaquinha-para-o-evil