Diante do anúncio de que países como a Rússia e China estão na fase final dos testes da vacina contra a Covid-19 e que o Brasil poderá ter ainda esse ano doses imunizatórias, muitas pessoas estão se perguntando: como escolher uma vacina segura?
A resposta não tem muito segredo. Segundo o pneumologista do Super Dr. Saúde Integrada, em Ponta Grossa (Paraná), Pedro Compasso, todas as vacinas aprovadas e regulamentadas pelos órgãos mundiais da saúde são consideradas seguras e devem ser utilizadas pela população. No Brasil as vacinas contra Covid-19 deverão ser aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para, então, serem liberadas.
O médico explica que as pessoas precisam acreditar na idoneidade do processo científico e da produção da vacina, independente do país ou laboratório que esteja fabricando. “Temos que nos despir do viés político e ideológico e partir do princípio que a ciência e o laboratório trabalham arduamente para produzir uma vacina eficiente, acessível e capaz de proteger a população com o seu efeito”, diz.
Para ele, a população não deve deixar de se imunizar com a primeira vacina regulamentada para aguardar uma segunda ou terceira acreditando que serão melhores. “Todas as vacinas que estejam regulamentadas pelos órgãos de saúde serão consideradas seguras, sim. Imagina se tivéssemos antipatia com a vacina da poliomielite, varíola ou do sarampo? A população não deve ficar com o pé atrás com a segurança e eficácia da primeira vacina porque ela estará regulamentada”, afirma.
Até o momento, a Organização Mundial da Saúde (OMS) registrou 169 vacinas sendo desenvolvidas contra a Covid-19. Seis estão na terceira e última fase, destas, três estão sendo testadas no Brasil.
Medidas de proteção
Até quando teremos que adotar o distanciamento, o isolamento social e usarmos a máscara de proteção? “Enquanto não tivermos imunização em massa, o que não será igual erradicação da doença porque a vacina não vai acabar com o vírus, mas impedir que as pessoas fiquem doentes principalmente nas formas graves, então será necessário que se continue usando a máscara e adotando todas as medidas de proteção”, afirma o pneumologista.