A Copel Comercializadora, subsidiária que atua no mercado livre de energia, recebeu autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para oferecer o serviço de carregamento de gás natural no Brasil. Na prática, a companhia poderá negociar o transporte do gás comercializado pela empresa diretamente com os donos dos gasodutos que passam pelo País. Em 2019, a Copel já havia obtido autorização da ANP para importar e exportar gás natural e para comercializá-lo em todo o território nacional.
“Com esta nova autorização, a Copel Comercializadora está apta para ser agente ativo em todos os segmentos do mercado de gás natural assim que o governo federal implementar as medidas previstas para a abertura deste segmento”, explicou o diretor-geral da subsidiária, Franklin Miguel.
Como o principal gasoduto por onde circula o gás natural no Brasil pertence ao governo Boliviano e à Petrobras, esse mercado exige a figura do carregador, ou seja, um agente que negociará com o uso do gasoduto para o transporte do gás que será comercializado no País. “Já que obtivemos autorização para comercializar, entendemos que é vantajoso para os nossos clientes podermos negociar o carregamento também”, explicou o diretor.
MERCADO DE GÁS NATURAL – A comercialização do gás natural pode ser realizada junto a grandes indústrias que o utilizam como insumo e que podem escolher seu fornecedor no mercado livre de gás natural, criado em 2009 pela chamada Lei do Gás. 75% da produção e comercialização do insumo são concentradas pela Petrobras.
Além de poder atender grandes clientes que usam gás na sua produção, as autorizações obtidas pela Copel Comercializadora são estratégicas para negócios e ativos da própria companhia, que têm o gás natural como insumo. É o caso da Usina Elétrica a Gás de Araucária (UEGA), gerida pela Companhia em parceria com a Petrobras, e da Compagas, que tem a Copel como principal acionista.
REGULAMENTAÇÃO – O mercado de gás natural deve crescer de modo significativo nos próximos anos, devido à regulamentação federal em curso e por conta da grande disponibilidade de gás natural nas reservas do pré-sal. No curto prazo, a regulamentação da União pretende a abrir o mercado para investidores privados. No médio prazo, as reservas do pré-sal vão tornar esta fonte cada vez mais competitiva economicamente.
Em julho do ano passado, a Presidência da República publicou decreto de criação do Comitê de Monitoramento da Abertura do Mercado de Gás Natural (CMGN), visando estimular a competição no setor.
Informações/Imagem: AEN