O prefeito de Ponta Grossa, Marcelo Rangel, anunciou que embarca nesta quarta-feira (9) para São Paulo para firmar um convênio para a compra da vacina CoronaVac. No primeiro momento, a distribuição será prioritária para profissionais de saúde que atuam no município e serão imunizados contra o coronavírus.

Rangel conta que algumas cidades já estão procurando o Governo do Estado de São Paulo para firmar um convênio de aquisição da vacina. “As Prefeituras também podem comprar vacinas, não é somente o Governo Federal. O protocolo exige uma vacinação de emergência para profissionais da saúde, grupos de risco, idosos, mas pode se estender professores, policiais e até crianças”, explica.

De acordo com o prefeito, os profissionais da saúde que estão trabalhando no Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais, no Hospital Municipal Doutor Amadeu Puppi e na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) terão o direito de tomar a vacina. “Não terá nenhum tipo de obrigação, mas o direito do ponta-grossense que trabalha na saúde de optar por receber a vacina será assegurado”, garante.

Rangel não deu detalhes de quantos lotes da CoronaVac o município pretende adquirir, mas garantiu que a Prefeitura possui recursos para compra e distribuição da vacina. Ela adianta ainda que a estratégia de vacinação poderá ser estendida para outros grupos prioritários. “Pode se ampliar, mas ainda depende de algumas que certificações que são necessárias e a Anivisa ainda precisa fazer a liberação”, comenta.

Imunização em São Paulo começa dia 25 de janeiro

A vacina CoronaVac foi desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac, em parceria com o Instituto Butatan. O Governo de São Paulo pretende iniciar a vacinação no dia 25 de janeiro, mas ainda depende da regulamentação da Anvisa. A prefeitura de Curitiba já anunciou que pretende firmar convenio para compra da vacina e se torna a primeira capital fora do estado de São Paulo a imunizar a população contra o coronavírus.

Vacinas que podem ser disponibilizadas no Brasil

O Governo Federal assegurou que todas as vacinas aprovadas pela Anvisa poderão ser distribuídas em todo o território nacional. Atualmente, quatro vacinas apresentaram resultados do teste de eficácia e poderão receber a certificação, são elas: a CoronaVac, a vacina desenvolvida pelo laboratório AstraZeneca e pela Universidade de Oxford, a desenvolvida pela farmacêutica Pfizer e a empresa de biotecnologia BioNTech, da empresa americana Moderna e a vacina russa Sputnik V. Existe a expectativa de que o Governo Federal promova a vacinação em massa da população, mas ainda não há data definida para que isso aconteça e nem determinação de qual vacina será adotada.

As declarações foram dadas na manhã desta terça-feira (8), durante o Programa Nilson de Oliveira, apresentado por Rangel na Rádio Mundi FM.