Até 90% dos postos de combustível do Reino Unido ficaram secos nesta segunda-feira (27), depois que episódios de compra impulsiva aprofundaram uma crise na cadeia de abastecimento, provocada em parte por falta de transportadores. A situação, segundo varejistas, pode abalar a quinta maior economia do mundo.
Uma escassez enorme de motoristas de caminhão, que ocorreu depois da pandemia de COVID-19, semeia o caos nas cadeias de suprimento britânicas, de alimentos a combustíveis, elevando a ameaça de transtornos e aumentos de preço no período pré-natalino.
Poucos dias depois de o governo do primeiro-ministro, Boris Johnson, gastar milhões de libras para evitar a falta de alimentos causada por uma disparada nos preços do gás natural e maior custo da produção de fertilizantes, ministros pediram às pessoas que não façam compras por pânico.
Mas filas de dezenas de carros se formaram nos postos de combustíveis de todo o país no domingo (26), forçando o fechamento de muitos pontos de venda. Em várias cidades britânicas, as bombas ou estavam fechadas, ou mostravam cartazes anunciando falta de combustível nesta segunda-feira, disseram repórteres da Reuters.
A Associação de Varejistas de Petróleo (PRA), que representa distribuidores de combustível independentes, disse que membros relataram de 50% a 90% de bombas secas em algumas áreas.
O Reino Unido cogita acionar o Exército para garantir a chegada de suprimentos de combustível aos consumidores, de acordo com os jornais The Times e Financial Times.
da Agência Brasil