Bolsistas do projeto extensionista de Prevenção, Cuidados e Combate à Pandemia do novo Coronavírus no Paraná vão começar a atender pacientes com hipertensão arterial pelo Sistema Único de Saúde (SUS) por meio da plataforma digital Telessaúde. A prestação do serviço resulta de uma parceria entre a Universidade Estadual de Ponta Grossa com a Fundação Municipal de Saúde (FMS/PG).
Desde junho, a equipe envolvida estudava com o Núcleo de Educação Permanente em Saúde da FMS/PG uma estratégia de teleatendimento para pacientes hipertensos. “O objetivo é ampliar o acesso e facilitar o manejo da condição clínica de pacientes que, por diversas razões, não podem ir à Unidade Básica de Saúde, ou que estão sendo consultados com menor frequência”, informa a coordenadora local do programa de extensão, professora Pollyanna Kassia de Oliveira Borges.
“Por recomendação da Fundação Municipal de Saúde, a população que utiliza Unidade Básica de Saúde (UBS) Júlio de Azevedo, localizada no Jardim Carvalho, foi escolhida como alvo das primeiras ações do grupo de extensionistas Covid que irá averiguar a intervenção, em um projeto de pesquisa”, conta Pollyanna.
Após ciência e concordância do Governo do Estado do Paraná, a Fundação Municipal de Saúde, a Comissão de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da UEPG (COEP/UEPG), a equipe da UBS Júlio de Azevedo e os participantes do projeto extensionista vêm sendo treinados para usar o método da Telessaúde no cuidado à pessoa com hipertensão, seguindo as diretrizes que estão postas na Linha Guia de Hipertensão Arterial do Paraná. Conforme explica Pollyanna, está em tramitação um acordo de parceria entre a UEPG e a empresa responsável pela plataforma digital, que doará os recursos desse programa por tempo determinado, para que a pesquisa seja executada.
“Pretende-se com este projeto, aproximar a extensão Covid ainda mais da vida das pessoas e das suas necessidades, além de apoiar os serviços e os usuários sobre a condição clínica da hipertensão, tão frequente entre os brasileiros e que requer cuidado contínuo”, diz Pollyanna. Para a docente, a Telessaúde tem se mostrado internacionalmente uma ferramenta potente de aproximação serviço-usuário. “O projeto de pesquisa que está sendo proposto pela extensão Covid poderá averiguar se a ferramenta será útil aos munícipes de Ponta Grossa e aos servidores SUS”, destaca.
O Programa UEPG de Apoio Institucional para Ações Extensionistas de Prevenção, Cuidados e Combate à Pandemia do novo Coronavírus em Ponta Grossa e região, está em atividades desde o mês de abril de 2020, sob financiamento e apoio SETI, SESA e Fundação Araucária.