Em Astorga, no Norte Central do estado, o Tribunal do Júri condenou três pessoas denunciadas pelo Ministério Público do Paraná por homicídio duplamente qualificado, cometido em agosto de 2019 contra um idoso de 75 anos, e por tentativa de homicídio do neto dele, então com 13 anos. Somadas, as penas alcançam quase 74 anos de prisão. Um deles foi condenado também por associação criminosa.
Conforme a denúncia, os réus (dois homens e uma mulher) foram contratados para matar o filho da vítima de 75 anos. Para isso, foram à casa do idoso, buscando informações sobre o paradeiro do alvo do crime. Na ocasião, renderam o homem, a mulher dele e o neto, obrigando-os a ficar de bruços no chão. Como não conseguiram a informação desejada, executaram o idoso com tiros à queima roupa, fugindo em seguida. Os disparos atingiram também o adolescente. O homem morreu no local, e o jovem foi socorrido e sobreviveu. As vítimas eram pessoas conhecidas na cidade, o que fez com que o crime tivesse grande repercussão.
No julgamento, realizado na quinta-feira, 23 de março, o MPPR sustentou a prática de homicídio duplamente qualificado (por ter sido executado mediante promessa de pagamento e por impossibilidade de defesa da vítima) e de tentativa de homicídio, além de associação criminosa. Dois dos denunciados já estavam presos preventivamente e devem continuar detidos, agora para cumprimento da pena, em regime inicial fechado. Um dos réus foi sentenciado a 40 anos e dois meses de reclusão e o outro a 25 anos e oito meses. A mulher recebeu pena de 7 anos e dez meses de reclusão em regime inicial semiaberto.
do MPPR