Sábado, 21 de Dezembro de 2024

Deputada Maria Victoria (PP) defende o fortalecimento e ampliação do Napi do Hidrogênio

2024-05-07 às 15:39
Foto: Orlando Kissner/Alep

A deputada estadual Maria Victoria (PP) anunciou que vai trabalhar para destinar recursos que fortaleçam e ampliem o Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (Napi) Hidrogênio. O Napi foi formalizado na segunda-feira (6) pelo Governo do Paraná, por meio da Fundação Araucária e da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti).

A iniciativa tem o objetivo de criar uma rede de pesquisa e inovação, articulando ações que envolvam instituições públicas e privadas, de forma a impulsionar o desenvolvimento de tecnologias, oferta de serviços, e formação de recursos humanos especializados na área do hidrogênio renovável.

A deputada Maria Victoria é uma das autoras da Lei 11.410/23, que instituiu a Política Estadual do Hidrogênio Renovável.

“O desenvolvimento da cadeia do Hidrogênio Renovável passa pela integração dos esforços do poder público e da iniciativa privada. A criação do Napi é decisiva para estimular pesquisas colaborativas e formar mão de obra qualificada nas nossas universidades estaduais e federais. Vou trabalhar para destinar recursos, por meio de emendas, que fortaleçam o Arranjo de Pesquisa e Inovação do Hidrogênio”, disse.

Biomassa

Durante o evento de formalização do Napi do Hidrogênio, o Governo do Estado anunciou o investimento de R$ 3,7 milhões para viabilizar as ações de quatro universidades estaduais e duas federais.

O Napi reúne doze laboratórios e oito programas de pós-graduação da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Universidade Estadual de Londrina (UEL), Universidade Estadual do Centro Oestes (Unicentro), Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Conta ainda com parcerias com diversas instituições do Paraná que atuam na área de CT&I, setor produtivo e demais colaboradores.

O presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig, disse que o novo arranjo tem a vocação de fazer pesquisa colaborativa. “Temos quase 23 mil doutores nas instituições de ciência, tecnologia e ensino superior do Paraná e na sociedade do conhecimento os doutores fazem muita diferença. Por isso precisam estar envolvidos nas ações em prol da comunidade”, afirmou.

O articulador do Napi H2 e professor da UFPR, Helton José Alves, reforça que há muitas iniciativas que envolvem a produção do hidrogênio usando fontes de energias renováveis, mas o arranjo tem como foco principal foco o desenvolvimento da rota tecnológica que envolve a biomassa como uma fonte de hidrogênio.

“Nesse contexto nós estamos falando de descarbonização da nossa economia, uma vez que nós substituímos o hidrogênio de origem fóssil por fontes que são renováveis, principalmente a biomassa”, explicou o professor que também auxiliou na redação da Lei 11.410/23.

Descarbonização

“O Brasil já é considerado um dos países em que há maior ocorrência de eventos climáticos extremos. Em função disso precisamos descarbonizar as atividades da nossa sociedade e, uma forma de fazer isso, é utilizando o hidrogênio, que é um combustível que não carrega carbono, então o seu uso não contribui com gazes do efeito estufa na atmosfera”, explicou o presidente da Associação Brasileira de Hidrogênio, Paulo Emílio Valadão de Miranda.

Para o secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona, é preciso ter os ativos tecnológicos cada vez mais comprometidos com gerar soluções aos problemas reais da sociedade. “Nós precisamos investir muito em ciência e tecnologia para que possamos construir uma realidade mais sustentável ao nosso planeta”, destacou, lembrando que o orçamento para a área neste ano saltou para mais de R$ 700 milhões.

O coordenador-geral de Tecnologias Setoriais do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Rafael Silva Menezes, elogiou a iniciativa paranaense.

“Esta iniciativa, sem dúvida nenhuma, irá fortalecer o eixo de desenvolvimento tecnológico do Programa Nacional do Hidrogênio”, enfatizou.

Entre as instituições que serão parceiras está o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar). “O Tecpar gostaria de colaborar nesta linha de certificação do hidrogênio, sempre no contexto de valorizar o produto paranaense e as pesquisas locais”, salientou o diretor-presidente da entidade, Celso Kloss.

Napis

Os Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação (NAPIs) têm como objetivo conduzir a produção de conhecimento de forma colaborativa pelos pesquisadores paranaenses, incitados por demandas reais de desenvolvimento de setores estratégicos para o Estado, mediante o aporte de recursos financeiros. Atualmente já são 62 os NAPIs em operação.

da Alep