O Dia de Finados, de acordo com o ‘Martirológio Romano’, o calendário oficial da Igreja, é a data em que todos os cristãos católicos querem interceder diante de Deus pelas almas de todos os que nos precederam, marcados com o sinal da fé, e, agora, dormem na esperança da ressurreição. “É um dia muito especial porque neste dia os pensamentos se voltam para os que partiram deste mundo e que, com certeza, deixaram marcas na nossa vida e na vida da sociedade”, comenta o diretor-presidente do Igreja da Ressurreição e Cemitério Parque Jardim Paraíso, padre Jaime Rossa, lembrando que o momento pode ser vivido de diversas formas.
Padre Jaime cita que o sentimento pode ser de tristeza, porque aqueles que partiram não estão mais entre nós e isso causa um sentimento de saudade. “No entanto, façamos deste dia um dia de recordação e de lembrança, isto é, fazer memória daqueles que partiram e isso nos leva a perceber que a vida de cada um deles é como a página deste livro que chamamos ‘vida’. Cada um deles deixou a sua marca e isso faz desabrochar em nós um sentimento de gratidão, pelas lições que nos transmitiram”, afirma.
“Este dia é um dia de homenagem, manifestado através de nossa visita ao cemitério, onde vamos levar uma flor e acender uma vela. Porém, a nossa melhor homenagem é a oração, uma vez que nos cremos na comunhão dos santos e cremos também que aqueles que partiram estão vivos em Deus, em uma dimensão diferente da nossa. Por isso, a nossa oração é de benefício para aqueles que partiram, se é que eles precisam ainda de alguma purificação, antes de contemplar o rosto de Deus”, continua padre Jaime.
Finados também é um dia de reflexão, prossegue o padre. “Pois, também nós vamos morrer um dia. A vida passa, o tempo corre e por isso é necessário tomarmos consciência de nossa reponsabilidade pelo dom inestimável da vida. Que todos nós possamos viver bem, deixando marcas positivas da nossa passagem por este mundo, que saibamos valorizar cada momento da nossa existência terrena a fim de podermos todos atingir o objetivo para qual o Senhor nos chama, que é a vida eterna junto Dele”, enfatiza.
Este ano, o Cemitério Parque Jardim Paraíso terá novidades por conta da pandemia. A psicóloga Inês Grochowski vai trabalhar junto aos concessionários, ajudando as famílias enlutadas, especialmente as que tiveram perdas pelo Covid 19. “Sabemos como é difícil perder quem se ama. Por isso, o Cemitério contratou a psicóloga, que estará lá a disposição para atender os que necessitarem. Esse é o grande diferencial deste ano, além da colocação de oito funcionários para controlar a entrada de pessoas em carros e ônibus para evitar aglomeração. Só vão liberar a entrada de um carro com a saída de outro”, informa Jociana Ferreira, supervisora administrativa. O cemitério funcionará das 8 às 18 horas, com a oferta de álcool em gel – colocados nos dois cruzeiros e encontrados por todo o campo santo – e a distribuição pelos funcionários de máscaras e luvas para quem não estiver usando.
No Cemitério Parque, serão celebradas duas missas: às 10 horas, com o bispo dom Sergio Arthur Braschi, e, às 15 horas, com padre Mário Dwulatka. As missas serão em local aberto e serão colocadas fitas determinando o distanciamento entre as pessoas. Durante todo o dia, haverá atendimento de dois diáconos, com aconselhamentos e conversas, e, de padres, que estarão ouvindo confissões. Terá venda de flores, velas, suportes para vasos de flor; O ônibus do transporte coletivo estará realizando a rota especial até o interior do cemitério, das 8 às 18 horas.
Este ano, no Cemitério Municipal São José não haverá missas celebradas por padres da Paróquia São José, como acontece tradicionalmente no Dia de Finados. As celebrações serão na igreja, às 8 e às 10 horas. “Que possamos viver bem este dia, recordando os nossos irmãos falecidos, mas, ao mesmo tempo, pensando com seriedade e responsabilidade na nossa vida pessoal e em tudo aquilo que podemos construir enquanto estivermos neste mundo”, orientou padre Jaime Rossa.
Da Assessoria