A Ferrari não quer que você chame o novo modelo da montadora, o Purosangue, de SUV. Quando a icônica fabricante italiana apresentou o lançamento, em meados de setembro, em seu release jamais mencionou essas três letrinhas. Mas, por tudo o que ele é, não há como negar que se trata do primeiro utilitário esportivo, que chega para mudar os paradigmas da empresa. A começar pelas quatro portas e suas dimensões. Embora as proporções do belo design enganem, ela tem quase cinco metros de comprimento, além de ter quase 1,6 metro de altura. Contudo, sob o capô, na dianteira, não perde a essência de uma legítima Ferrari: motorzão V12, naturalmente aspirado, que rende 725 cavalos e quase 73 quilos de torque, suficientes para sair da imobilidade e atingir os 100 km/h em apenas 3,3 segundos e superar os 310 km/h. Para quem viaja atrás, são dois lugares, com bancos confortáveis, acessados por portas “suicidas”. Mesmo com tração integral, os pneus de perfil fino, que revestem as rodas de aro 22 na frente e 23 atrás, não escondem a vocação para o asfalto. Com preços a partir dos 390 mil euros, o automóvel está tendo uma demanda muito acima da esperada.
Imponente e aguardado Fastback chega às lojas
Um dos mais badalados e aguardados lançamentos da Fiat para o mercado nacional, o Fastback chegou às concessionárias em setembro. O seu nome se refere ao formato de carroceria de dois volumes, com uma linha que, a partir do fim do para-brisas, possui a “continuação” do teto pela tampa traseira, até a extremidade traseira do carro, encerrada com um corte abrupto. Anunciado no “Big Brother Brasil” no início deste ano, o modelo chega com um apelo: encantar pelo visual e conquistar quem quer um carro bonito e imponente, pagando um preço não muito elevado. Afinal, ele traz uma silhueta de BMW X4 ou X6, por quase o preço inicial de um carro popular completo. Visualmente é um ‘carrão’, com 4,42 metros de comprimento e um porta-malas imenso, capaz de transportar 516 litros. Porém, por dentro, não esconde o fato de ser um “SUV compacto”. Construído sob a plataforma do Pulse, o entre-eixos tem apenas 2,53 metros de comprimento, equivalente ao de carros compactos, o que faz o espaço interno não ser um ponto forte. Os preços partem de R$ 129 mil e chegam a R$ 149 mil.
A simplicidade de uma utopia sobre rodas
Utopia significa aquilo que seria o ideal para se viver, o mundo perfeito, mas que, por tudo o que representa, torna-se algo impossível de se concretizar. Horacio Pagani, no entanto, empresário fundador da Pagani, uma das mais exclusivas montadoras de carros esportivos, delimitou essa ideologia no mundo automotivo e criou o… Utopia! O verdadeiro sonho sobre quatro rodas tem tudo aquilo que os entusiastas buscam em um hiperesportivo – motor V12, câmbio manual e muita leveza. E nada de visual extravagante: inspirado no passado, o Utopia preza por linhas simples, limpas e funcionais, que lembram o tão admirado Zonda. O motor, instalado em posição central, é o já conhecido Mercedes-AMG de 6.0 litros, que, com o auxílio de dois turbos, entrega 864 cavalos e um torque monstruoso de 112 kgfm, disponível integralmente em quase toda faixa útil do motor, entre 2.800 e 5.900 rpm. O câmbio manual, acionado pelo pedal de embreagem, tem sete marchas, com tração traseira. Tudo isso é montado em um monocoque de carbono-titânio, deixando o modelo com apenas 1.280 quilos. O modelo só foge da utopia em dois aspectos: na quantidade de unidades fabricadas (99) e no preço (2 milhões de euros), que cabe no bolso de poucos mortais.