Em entrevista ao programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero e José Amilton, na Rádio Lagoa Dourada FM (105,9 para Ponta Grossa e região e 90,9 para Telêmaco Borba), nesta sexta-feira (13), o delegado chefe da 13ª Subdivisão Policial de Ponta Grossa, Dr. Nagib Nassif Palma, celebrou o aporte histórico de novos delegados para a região.
A subdivisão de Ponta Grossa, que contempla 18 municípios ao todo, recebeu 15 novos delegados que foram contratados por meio de concurso a nível estadual. Destes, dois vão para Curitiba. Para Dr. Nagib, o número supre uma defasagem de pessoal que historicamente acontecia na Polícia Civil. “Depois de treinar a equipe, todo mundo é jovem, com ‘sangue’, alocamos em todas as nossas comarcas. E isso já vai começar a ter reflexo. Não por acaso, deflagramos várias operações durante essa semana, Castro, Ponta Grossa, Porto Amazonas, fizemos prisões importantes de estelionato, tráfico de drogas, de um homicídio bem complexo que teve de um empresário. Eu acredito que teremos maiores benefícios agora, inclusive operacionais e de combate à criminalidade. Nós dobramos o potencial”, destaca.
A estrutura de trabalho das delegacias de Polícia Civil é composta por delegados, escrivães e investigadores, além de assistentes administrativos. Porém, a maior defasagem de funcionários era de delegados: a escassez chegou a 50% do quadro. E durante este período, mesmo com a falta de profissionais, a delegacia enfrentou diversos desafios como a ‘guerra de facções’ que ocorreu em Ponta Grossa no último ano e meio e até mesmo o acúmulo de funções. “Mesmo com falta de delegados, os nossos ‘sacerdotes’ fizeram milagre”, afirma.
Guerra de facções
O delegado-chefe da 13ª SDP ainda deu detalhes sobre o trabalho da Polícia Civil no combate à guerra de facções que ocorreu em Ponta Grossa, Região Metropolitana e Paranaguá no último ano, quando duas organizações criminosas queriam tomar o espaço de uma organização em Ponta Grossa, que já estava enfraquecida, justamente devido ao trabalho da Polícia. “Agora recentemente prendemos o ‘cabeça’ no Rio de Janeiro, tinham peças que já eram delinquentes desde adolescentes, violentos, já tinham homicídios para trás, que cresceram e viraram oposição desta empresa maior”, afirma. “Aí virou aquela guerra, eram aquelas mortes com mais de 30 tiros, na frente dos outros, no Parque Ambiental. Formalmente, o número de vítimas dos homicídios que tinham antecedentes criminais chegou a 82%”, diz.
Ele ainda completa. “Havia um indicativo de crescimento de homicídios, que já estava alto, mas conseguimos baixar. Mas não terminou tudo, acalmamos uma situação”, conclui.
Confira a entrevista completa: