A ginecologista obstetra Dra. Cristiane Schnekenberg participou de bate-papo sobre a saúde feminina e o uso de contraceptivos durante o programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero na rádio Lagoa Dourada FM, nesta quarta-feira (20).

Para a médica, hoje as mulheres estão mais empoderadas desde a adolescência, com mais acesso à informação e isso reflete até na redução do índice de gravidez na adolescência. “É recomendado hoje que as meninas, a partir do momento que começam a menstruar, que tenham o espaço de irem ao ginecologista, de ter uma orientação, porque cada uma na sua realidade vai apresentar uma demanda para essa orientação, depende de todo o cenário”, explica.

Quando questionada sobre qual o papel dos homens neste processo, Dra. Cristine destaca que “a contracepção é algo do casal, os dois estão envolvidos no processo de engravidar ou não”. “Hoje tem o repensar do papel dos homens e muito se fala que até a questão das mulheres ocupando novos espaços na família e na sociedade mexeu com os homens e faz surgiu um ‘novo masculino’. Eles têm o papel de parceiro, companheiro, de parceria”, completa.

Métodos para evitar a gestação

Dra. Cristiane afirma que nem toda mulher precisa usar anticoncepcional, podem optar por métodos naturais, como o controle do período fértil, ou métodos de barreira, como a camisinha. “O que tem que ficar claro é que esses cálculos como a tabelinha e coito interrompido são extremamente falhos”, afirma.

A médica ainda explica como o método contraceptivo hormonal atua no corpo da mulher. “O hormônio que a mulher toma, por ele imprimir o ritmo de continuidade da ação do hormônio, tem que tomar certinho, não pode tomar no horário errado se não vai falhar. O método hormonal entra por diferentes vias no corpo e, agindo através da circulação, faz com que a mulher não ovule e assim ela não engravida”, explica.

Porém, ela destaca que nenhum método “é 100%”. “A chance de engravidar tomando anticoncepcional é de 0,3% ou 0,5%”, enfatiza. Para quem esquece de tomar o medicamento nos horários corretos, a recomendação são os métodos de longa duração, como o DIU e o implante. “Normalmente tem um aconselhamento contraceptivo e a mulher vai escolher o que entra melhor na rotina dela, existem critérios de elegibilidade de anticoncepcionais. Por exemplo, se a paciente tem pressão alta, tem alguns que ela não deve usar, tem indicações específicas”, completa.

Acompanhe a Dra. Cristiane nas redes sociais: @dracristianes

Confira a entrevista completa com a médica: