Assim como os humanos, cães e gatos também possuem particularidades com relação à pele. Para explicar sobre dermatologia animal, a Dra. Tatiana Charello Bannach, participou de entrevista ao programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero e Eduardo Vaz, na Rádio Lagoa Dourada FM (105,9 para Ponta Grossa e região e 90,9 para Telêmaco Borba), nesta segunda-feira (1º).
Dra. Tatiana explica que as doenças alérgicas respondem a 90% da demanda das consultas. “Especialmente em cães, é aquele animal que faz otite de recorrência, aquele que lambe as patinhas com frequência, que faz infecção de pele, dermatite atópica, são animais que podem ter alergia a alimentos, poeira, ácaros, que coça muito o focinho”, exemplifica.
Fungos
Segundo ela, alguns tipos de fungos podem passar de animal para animal ou ficar no ambiente. “Existem animais que tem o fungo e são assintomáticos, ele tem o fungo, mas não mostra a doença e a hora que muda o ambiente, fica mais úmido ou baixa a imunidade, aí ele pode se manifestar. O Spitz, por exemplo, tem muitas doenças alopécicas, é uma raça que tem essa predisposição, começa a ter essa queda de pelo mais acentuada na região do bumbum, das coxinhas e ele pode ficar todo pelado. E aí vemos se é fungo ou qualquer outra doença, como sarna, parasitas, doenças hormonais, para chegar no diagnóstico de alopecia x”, explica.
Acne
Dra. Tatiana afirma que cães e gatos também podem ter acnes. Nos gatos está relacionada à produção excessiva de sebo pelas glândulas sebáceas, já nos cães é relacionada à produção excessiva de queratina. “Ela é genética, mas é claro que se o animal tiver imunosuficiência, falta de higiene, vai piorar o quadro, mas ela é primária, temos que tratar com produtos que vão controlar essa produção sebácea. Ela faz a acne igual nos humanos e se isso contaminar vai virar uma furunculose, aquela infecção mais profunda que sai sangue e é mais perigoso, tem que fazer esse controle”, diz.
Doenças de pele
Tanto cães, quanto gatos, especialmente os brancos, possuem regiões do corpo sem pelo, como orelha, axila, região do nariz. “Se eles ficam expostos ao sol, isso pode gerar problemas de câncer de pele, carcinomas, dermatose actine, que ela começa a destruir a pele e doenças autoimunes que podem surgir a partir do sol. Esses animais sim tem que usar protetor solar ou não deixar expostos ao sol, o pitbull também sofre bastante”, pontua.
Pulgas
Dra. Tatiana ainda destaca a importância de manter os cuidados para prevenir pulgas nos animais domésticos. “Tem que usar antipulga, passeou na rua vai levar picada, porque a pulga está em todos os lugares. Se você passeou no parque e levou uma pulga pra dentro de casa, ela vai colocar ovo e vai se proliferar. Fora que também transmite verme. O animal dá aquela mordiscada para se coçar e acaba engolindo a pulga e lá dentro fica com vermes. O ideal é usar antipulgas sempre”, afirma. Em casos de infestação de pulgas, a orientação é cuidar do animal e do ambiente inteiro durante cinco semanas.
Confira a entrevista completa: