Durante participação no programa ‘Manhã Total’, apresentado por João Barbiero, na rádio Lagoa Dourada FM, desta quarta-feira (04), a prefeita Elizabeth Schmidt reconheceu a situação difícil na Saúde de Ponta Grossa e prometeu mudanças profundas para o setor.

Segundo ela, a pandemia foi a grande responsável pela piora generalizada na estrutura e atendimento da Saúde municipal. “Nós injetamos todo nosso dinheiro na pandemia no ano passado. A pandemia não veio com livro de receitas, nós, no Brasil inteiro, não sabíamos o que fazer”, afirma.

Outro fator destacado pela prefeita foi a criação de “uma cultura” que, segundo ela, centralizou os atendimentos pediátricos na UPAs, sobrecarregando os profissionais. Elizabeth destaca que, sempre que possível, os pacientes devem procurar, primeiro, as unidades básicas de saúde: “Nós detectamos que 60%, 65% das crianças que estão nas UPAs são vítimas de casos leves, que não precisavam estar lá”, detalha.

O foco agora é reorganizar o setor, com a implantação de um novo modelo de planejamento e gestão para a saúde. A reorganização, provocou, na segunda-feira (2), a exoneração do ex-secretário Rodrigo Manjabosco. “Eu precisava de uma administração mais célere”, afirmou Elizabeth. Além disso, outras medidas serão implementadas a partir do dia 16. Uma delas é a retomada do atendimento das crianças na Unidade de Saúde Sady Silveira, próximo à biblioteca municipal. A unidade, que se chamará “Centro de Atendimento da Criança”, vai funcionar de forma integrada às UPAS e com o Hospital Materno Infantil, o que gera a divisão das responsabilidades entre o governo do Estado e a Prefeitura.

A prefeita destacou também um plano para realização de um concurso. “Hoje nós não temos a infraestrutura técnica básica para o atendimento. Ponta Grossa conta com 33 médicos para atender as unidades de saúde, temos um déficit”. Segundo a prefeita, o concurso vai permitir que Ponta Grossa contrate “quantos profissionais sejam necessários”. Atualmente, os 33 médicos fazem rodízio entre 54 UBS, os CAS e os hospitais. As reformas nos ‘postinhos’ são, também, prioridades: serão 15 reformas este ano, 15 no ano que vem e 15 em 2024. Os projetos de reforma para 2022 já estão prontos.

Sobre a gestão da pasta da Saúde, Elizabeth garantiu que o novo gestor será escolhido nas próximas semanas. Por enquanto, a chefe do executivo assume interinamente a pasta. Ela reforça “houve momentos em que chorei, perdi a paciência. Havia lentidão e falta de planejamento. Só posso pedir desculpas para quem não foi bem atendido nesse período”.

Assista ao programa na íntegra: