Terça-feira, 16 de Abril de 2024

Entrevista D’P: Dra. Acylina Barros, ‘uma vida em Bliss’

2021-12-18 às 12:08
Conteúdo exclusivo publicado na Revista D’Ponta #288 Nov/Dez/2021

por Ismael de Freitas

Despertar para uma nova consciência, olhar para a vida de uma maneira diferente, entusiasmo, propósito, harmonia. Estas são algumas das expressões e palavras presentes no Projeto 9 Meses (P9M), método desenvolvido pela médica e “arquiteta do ser” Acylina Falavinha Barros, que atua ao redor do mundo como facilitadora dos mecanismos de autorregulação, unindo ciência e espiritualidade. Acylina se autodefine como “apaixonada por culturas, diferentes lugares e pessoas”. Em sua trajetória, pretende espalhar seu conhecimento adquirido para fazer “assim na Terra como no Céu”.

Sua vida acadêmica iniciou na graduação em Medicina pela Universidade Positivo de Curitiba. Depois, Acylina fez residência em Clínica Médica na Santa Casa de Misericórdia de Ponta Grossa, observership em Emergência e Medicina Integrativa no Jackson Memorial Hospital, da Universidade de Miami, pós-graduação em Nutriendocrinologia Funcional – Prevenção e tratamento de doenças relacionadas à idade, em São Paulo, e em Health Coaching no Institute for Integrative Nutrition de Nova York. Desde 2013, ela desenvolve o The Quantum Bliss, um portal que permite a milhares de pessoas viver uma vida em Bliss, proposta esta que o leitor vai descobrir nessa entrevista concedida à revista D’Ponta.

Como funciona o ‘Projeto 9 Meses’? Qual seu foco?

O ‘Projeto 9 Meses’ é uma proposta de “reforma” que prepara pessoas para a criação (criação de um novo mundo, de novos projetos e de novos seres). Ele é composto por reflexões e meditações guiadas ///diárias, durante nove meses. A intenção é facilitar aos participantes o despertar de uma nova consciência, um novo olhar sobre a vida, objetivando sintonizá-los em uma frequência de harmonia, para que uma nova realidade seja gerada, uma vida em bliss.

O que é bliss e como seria uma vida em Bliss?

Bliss é uma palavra em inglês, que significa bem-aventurança, felicidade, alegria. Uma vida em bliss é uma vida com entusiasmo, propósito e serviço. Vive em Bliss quem contribui ativamente para a construção de um mundo ‘bem’ melhor.

Esse método é utilizado para alguma patologia específica?

Não. É aplicável a qualquer situação. Na minha prática médica, o foco não é a doença, mas sim o paciente. Todas as ações são voltadas para trazer à pessoa um estado de harmonia. Em harmonia, as funções do corpo se autorregulam.

Quais são os principais passos para a ‘autocura’?

Primeiramente, a pessoa precisa acreditar que isso é possível. Uma pessoa que duvida da sua própria capacidade jamais poderá alcançar isso. Em seguida, faz-se necessário que a pessoa tenha coragem e esteja disposta a abandonar o que a fez adoecer. Ela precisa mergulhar fundo no autoconhecimento e ser quem verdadeiramente ela é. É importante ressaltar aqui que nem todas as curas acontecem como a gente espera. Uma pessoa pode ser curada (ter a sua essência restaurada) e mesmo assim vir a falecer. A principal cura tem a ver com a restauração da nossa verdadeira essência, divina e perfeita, que é puro amor.

Quais são os sintomas de uma pessoa que não está em bliss?

Medo, desânimo, falta de confiança, baixa autoestima, depressão, ansiedade, ausência de presença.

Como o método relaciona questões pessoais e interpessoais?

Para tratar um paciente, precisamos considerar suas três esferas: corpo, mente e espírito. Toda a história do paciente é levada em consideração. A maneira como a pessoa vive e se relaciona interfere diretamente no processo saúde-doença. Minha função é identificar quais fatores (físicos ou emocionais) estão atrapalhando a harmonia do paciente, para então ‘arquitetar’ soluções.

No método, fala-se em refletir sobre o passado para mudar o presente e o futuro.

Tudo o que já vivemos contribuiu para que fôssemos quem somos hoje. É preciso olhar para o passado com compaixão, encarar o presente com aceitação e sabedoria, degustando o que cada momento nos traz, para então moldarmos o nosso futuro de acordo com a vontade do Criador. O mundo não é como ele é. Ele é como nós o enxergamos. E é preciso saber ver além dos olhos físicos. Somente assim é possível ‘viver em Bliss’.

Esse método pode conquistar pessoas que são resistentes à ideia de espiritualidade?

Somos seres espirituais vivendo uma experiência na matéria. Independente das crenças de cada um, está cientificamente comprovada a importância do amor em qualquer processo de cura. Respeito, compaixão e perdão são atitudes necessárias a todos que desejam ser bons seres humanos.

Como surgiu a ideia de juntar medicina e espiritualidade?

Desde o Egito antigo, medicina e espiritualidade andavam juntas. Os curadores consideravam o ser humano como um todo e, por isso, levavam em conta não só o corpo, mas também a mente e o espírito dos pacientes. O que está acontecendo nesse momento é apenas um retorno dessa prática.

O que são as práticas integrativas de saúde?

São ferramentas para auxiliar os pacientes nos seus processos de autorregulação. Grande parte dessas práticas eram chamadas de ‘medicina alternativa’. Hoje entendemos que são alternativas dentro da medicina, são práticas complementares que auxiliam a medicina convencional.

O P9M está nas redes sociais. O alcance e a repercussão têm sido satisfatórios?

Crescemos muito nesses três anos de projeto e alcançamos dimensões extracontinentais. O plano agora é engajar ainda mais participantes nas próximas edições. O projeto está livremente disponível a todos através do YouTube, WhatsApp e Telegram. A contribuição é voluntária, de acordo com o que cada um sente em seu coração.