Sexta-feira, 04 de Outubro de 2024

Esclerose múltipla é predominante em mulheres, afirma Dr. Carlos Henrique Ferreira de Camargo

2022-07-14 às 12:11

Predominante no público feminino, a esclerose múltipla afeta uma a cada três mulheres, principalmente as de pele branca e que moram em lugares frios, de acordo com o neurologista Dr. Carlos Henrique Ferreira de Camargo.

Em entrevista ao programa Manhã Total, apresentado por Eduardo Vaz, na Rádio Lagoa Dourada FM (105,9 para Ponta Grossa e região e 90,9 para Telêmaco Borba), nesta quinta-feira (14), Dr. Carlos Henrique esclarece que a esclerose múltipla é uma doença autoimune, isto é, o organismo faz anticorpos contra ele mesmo. “Essa doença vai contra as proteínas que protegem o ‘rabinho’ do neurônio, que ajudam o neurônio a transmitir a informação do sistema nervoso para a periferia, ou trazer informação da periferia para o centro”, explica.

Isso provoca uma lentidão ou bloqueio das informações motoras, visuais e sensitivas, por isso é ‘múltipla’. “Você tem múltiplas áreas cerebrais afetadas, ou a visão, audição, equilíbrio, área motora, como movimento da mão ou do braço, ou perda da sensibilidade no braço, na mão, na perna, no corpo. Com ela ocorrem diversas perdas de sintomas neuronais, mas não acontece tudo ao mesmo tempo, vai acontecendo em ‘surtos'”, completa, explicando que estes episódios são bloqueios neurológicos que duram mais de 24 horas.

Segundo o médico, os primeiros sintomas são neurite óptica, que é a dor de cabeça atrás do olho e perda da visão; perda do movimento motor, perda sensitiva e tonturas intensas. O essencial é fazer o diagnóstico rápido e iniciar o tratamento adequado para evitar a recorrência de surtos. Dr. Carlos ainda explica que a esclerose é uma doença que atinge, principalmente, pessoas jovens de 20 a 40 anos, porém a maioria das formas da esclerose são leves, ou benignas, ou se adaptam bem aos medicamentos disponíveis.

Confira a entrevista na íntegra: