Na manhã da última sexta-feira (19), o D’Ponta News noticiou a prisão de um dos suspeitos de estar envolvido na morte do professor Lucas Ferreira de Oliveira. O caso foi em dezembro de 2019 e os suspeitos do crime encontram-se na cadeia; um no estado do Mato Grosso e outro em Curitiba, confirma a Polícia Civil.
Confira aqui: https://dpontanews.com.br/2020/06/19/acusado-da-morte-de-professor-em-pg-esta-preso-em-curitiba/
A reportagem do D’Ponta News entrou em contato com Stephane Soares, noiva do professor assassinado. Ela não quis aparecer em reportagem, porém enviou uma nota (veja abaixo) onde se diz ainda arrasada com o crime, relata sofrer de um sentimento de culpa e timidamente comemora a prisão dos suspeitos de terem praticado o crime.
O caso
Lucas Ferreira de Oliveira desapareceu no dia 15 de dezembro de 2019, quando saiu de São Paulo e veio para Ponta Grossa visitar o filho. O último contato dele com familiares e amigos foi às 9h do mesmo dia. Depois disso não conseguiram mais falar com o professor.
O corpo do professor foi encontrado na chácara Santa Tereza, no dia 22 de dezembro. Os familiares reconheceram alguns pertences da vítima e a confirmação da identidade foi feita por meio de um exame de DNA realizado pelo Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba.
O corpo de Lucas estava amarrado com uma corda presa ao pescoço.
Suspeitos presos
Segundo informações da Polícia Civil, M. R., um dos acusados de ser um dos autores da morte do professor Lucas Ferreira de Oliveira, está preso em Curitiba desde o dia 20 de maio.
O professor residia em São Paulo e tinha vindo a Ponta Grossa em dezembro do ano passado, para visitar o filho, quando foi vítima de uma emboscada.
Um outro suspeito pelo assassinato do professor, E. F., está preso no estado do Mato Grosso desde março deste ano. Ele foi flagrado, com a esposa e uma adolescente, em um carro roubado no momento da prisão, ocorrida na noite de 28 de março.
Confira na íntegra a nota enviada por Stephane Soares ao D’Ponta News
Então, tudo isso tem sido extremamente difícil para mim. Me sinto culpada por não ter conseguido fazer mais, mesmo sabendo que não tinha mais o que fazer. Me sinto culpada por não ter estado junto quando ele foi buscar o Miguel, filho dele. Me sinto culpada por não ter sentido o que estaria por vir.
O Lucas sentiu que algo ruim iria acontecer dois dias antes. Então cada vez que algo novo acontece, por mais que seja o que eu queira, aliás, o que eu mais quero é a prisão definitiva dos três e que o Miguel venha para SP, acabo revivendo toda aquela semana em que estive em Ponta Grossa. Não saí de lá até que tudo estivesse solucionado.
Eu o vi saindo do quarto para buscar o gordinho (Miguel), lembro exatamente das palavras e do cheiro dele. Ele nunca mais voltou.
O desespero, a angústia e a dor que senti e sinto sufocam. Me conforta saber que a justiça, por mais lenta que seja, esteja acontecendo. Mas, também, me mata relembrar tudo o que vivi e lembrar tudo o que o Lucas era e não pode mais ser. Pelo menos agora ele está em paz.
Por: Matheus Fanchin/Com informações: Polícia Civil/Imagem: Instagram/Reprodução