Em entrevista ao programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero, na rádio Lagoa Dourada FM, nesta quinta-feira (28), o delegado da 13ª SDP, Nagib Palma apresentou um panorama geral sobre os homicídios registrados em Ponta Grossa nos primeiros quatro meses de 2022.

Nagib explica que, recentemente, a Polícia Civil encerrou uma fase da investigação sobre a série de homicídios que vem ocorrendo em Ponta Grossa e região, na chamada ‘guerra do tráfico’. “Fechamos uma fase importante com duas prisões da força-tarefa que nós tínhamos montado, que ocorreu em Paranaguá. É importante lembrar que aumentou muito o nível de homicídios, mas insisto, infelizmente essas vítimas que são direta ou indiretamente ligadas ao tráfico, tinha uma equipe de matadores”, afirma.

Embora a maior parte do grupo tenha sido capturada, o delegado enfatiza. “Não vai parar as mortes, mas estes são alguns que estavam matando com muita frequência e da forma mais violenta para uma facção, estavam matando aqui, na Lapa, Paranaguá, Região Metropolitana. Conseguimos desmontar um núcleo que estava bem violento nessa guerra. Esse pessoal está envolvido em cerca de 40% nos homicídios da região. Para não dizer que está totalmente fechada, falta ainda um indivíduo”, destaca. As investigações seguem em andamento e com estas prisões e armas apreendidas, o delegado afirma que pretende elucidar outros homicídios.

Levantamento

Neste quadrimestre, houveram 52 prisões relacionadas às facções criminosas e tráfico de drogas, em uma integração das forças policiais da região. Além disso, o Setor Operacional deflagrou 21 operações em combate aos crimes de homicídios, tráfico, furtos e roubos e 60 armas de fogo foram tiradas de circulação neste período. Segundo o levantamento da Polícia Civil, houveram 31 homicídios, sendo que 67% deles são de pessoas relacionadas ao tráfico e à guerra entre as facções.

Nagib ainda destaca que Ponta Grossa é um exemplo da unificação das forças policiais. “As Polícias aqui são irmanadas, os comandantes são amigos, todo mundo direcionado, com o pouco que temos estamos fazendo bastante, a relação custo-benefício está das melhores no aspecto operacional, uma das mais atuantes do estado”, finaliza.

Confira a entrevista completa: