Em entrevista ao programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero, na Rádio Lagoa Dourada FM (105,9 para Ponta Grossa e região e 90,9 para Telêmaco Borba), nesta quarta-feira (22), o presidente da Câmara Municipal de Ponta Grossa, Filipe Chociai (PSD) prestou esclarecimentos sobre o processo de aprovação da nova concessão do transporte público do município.
Quando questionado sobre a demora da aprovação da lei do novo transporte público, que foi primeiramente protocolada na Câmara em 24 de outubro de 2022, Chociai defende que este debate está sendo feito pelo Legislativo e “quem diz o contrário está de má fé”, pontua. “Esse debate é feito, como eu disse, talvez algumas pessoas mal intencionadas, ou não, que escolhe acompanhar ou não o trabalho da Câmara Municipal, esse debate há. Eu inclusive fui um dos poucos a defender desde o primeiro dia de janeiro de 2021, ‘precisamos nos atentar com o prazo'”, diz.
O vereador ainda faz uma referência às críticas realizadas pelo procurador municipal, Márcio Rezende, ex-presidente da Comissão de Análise e Estudos para a Concessão do Novo Transporte Coletivo de Ponta Grossa, em entrevista ao Manhã Total no dia 17 de março. Na oportunidade, Rezende afirmou que o envio do projeto de lei teria sido postergado devido à eleição da Mesa Executiva da Câmara e da eleição para governador, no ano passado. “O Dr. Márcio Rezende foi muito infeliz alegando e colocando à eleição da Mesa Executiva da Câmara Municipal a responsabilidade do projeto que não foi enviado. Eu desafio o Dr. Márcio e a prefeita a virem falar publicamente de que foi culpa do Filipe Chociai que não foi enviado. Jamais pedi isso, aliás, pelo contrário, a gente pedia e pedia o projeto, para evitar que acontecesse isso. Me parece muito conveniente, quem sabe ou ele não está falando ou está se confundindo com os detalhes, trazendo pontos que não correspondem à realidade”, defende.
“Se tivéssemos feito a aprovação do projeto do jeito que veio, em dezembro, estava “resolvido”, entre aspas, mas quem garante que vamos ter a redução da tarifa já? Porque não tinha nada de subsídio para agora no primeiro projeto. Quem garante que teríamos as alterações? Quem garante que iríamos aprovar e mesmo assim seria feita a contratação depois do encerramento do contrato?”, questiona o vereador.
“Hoje, com muita tranquilidade digo, se não fosse essa medida do Legislativo de cobrar cautela, para que não fizéssemos algo acelerado e estabanado, erraríamos novamente por 20 anos”, conclui.
Subsídio
Segundo Chociai, os vereadores estão apurando qual a origem dos recursos que devem compor o subsídio definido pelo Executivo à empresa concessionária, para que o valor da passagem seja de R$ 4. “Apresentei um requerimento de informações na segunda-feira. A expectativa é que o retorno ocorra até sexta-feira. Me parece, por mais que muito bem feita uma gestão fiscal, o superávit, que num primeiro momento era de R$ 19 milhões, depois foi a R$ 26 milhões, e uma fonte orçamentária que está difícil de compreender onde ela se encontra, à vezes faz essa confusão e a gente busca tentar compreender”, pontua.
Ele ainda completa. “Quanto essa parte dos recursos, o Executivo não seria responsável de buscar maquiar um número que não existe, ainda mais para fazer o debate do aporte de uma prestação de serviço tão relevante para os ponta-grossenses”.
Confira a entrevista na íntegra: